Acordos com a China devem garantir R$ 50 bi em investimentos
Senadores do PT comemoram negócios com parceiro comercial. “Um novo tempo”, diz Jaques Wagner
Os acordos comerciais assinados nesta sexta-feira (14) entre o presidente Lula e o presidente da China, Xi Jinping, devem totalizar R$ 50 bilhões em investimentos. Para o senador Humberto Costa (PT-PE), os pactos vão garantir mais emprego e o crescimento do Brasil.
“A visita de Lula na China segue rendendo bons negócios para o Brasil. O presidente brasileiro e o líder chinês Xi Jinping assinaram 15 acordos entre os dois países, que devem assegurar R$ 50 bilhões de investimentos, gerando mais emprego e mais crescimento. Faz o L!”, exclamou o parlamentar, no Twitter.
O valor citado por Humberto é uma estimativa do Ministério da Fazenda brasileiro. Os países se acertaram em temas como a cooperação para desenvolver tecnologias, ampliação das relações comerciais e até intercâmbio de conteúdos de comunicação – incluindo a parceria entre a Agência de Notícias Xinhua e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Entre os acordos tecnológicos, destaque para o desenvolvimento conjunto do conjunto do satélite CBERS-6, além de outro prevendo um plano de cooperação espacial entre os anos de 2023 e 2032.
Nas relações comerciais, o Ministério da Agricultura do Brasil e a Administração-Geral de Aduanas da China assinaram um protocolo para frigoríficos brasileiros. Os termos devem ser seguidos pelas empresas para a exportação de carne bovina ao país asiático.
Para o senador Jaques Wagner (PT-BA), o encontro e os acordos firmados marcam o fortalecimento da relação com os chineses, inclusive em temas como o desenvolvimento sustentável.
“Compromissos firmados que serão fundamentais para o desenvolvimento do Brasil. […] A nossa vinda à China marca um novo momento da geopolítica mundial, onde o Brasil é protagonista na construção de um futuro mais próspero e sustentável em todo o mundo”, destacou Wagner.
Outro patamar
Durante o encontro com o presidente Chinês, Lula ressaltou que o Brasil quer “elevar o patamar” da parceria estratégica entre os países, inclusive ampliando os fluxos de comércio e até mesmo “equilibrar a geopolítica mundial”.
“É importante dizer que a China tem sido uma parceira preferencial do Brasil nas suas relações comerciais. É com a China que a gente mantém o mais importante fluxo de comércio exterior. É com a China que nós temos a nossa maior balança comercial e é junto com a China que nós temos tentado equilibrar a geopolítica mundial discutindo os temas mais importantes”, afirmou o presidente brasileiro.
Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil. O país asiático importou mais de US$ 89,7 bilhões em produtos brasileiros só no ano passado, tendo exportado quase US$ 61 bilhões no mesmo período para o mercado nacional.