Adeus a Silvio Tendler: voz do cinema político e crítico do capitalismo
É com profundo pesar que a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) lamenta o falecimento do cineasta Silvio Tendler, aos 75 anos, na manhã desta sexta-feira (5).
Conhecido como o “cineasta dos sonhos interrompidos”, Tendler dedicou mais de cinco décadas a dar voz a personalidades que marcaram a vida política e cultural do Brasil, entre elas João Goulart, Juscelino Kubitschek, Carlos Marighella e Glauber Rocha. Sua obra cinematográfica é vasta, com mais de 70 filmes e 12 séries televisivas, incluindo títulos emblemáticos como Jango, Os Anos JK – Uma Trajetória Política e O Mundo Mágico dos Trapalhões.
Defensor da democracia social e crítico ferrenho do sistema capitalista, Tendler pautou sua produção audiovisual pelo engajamento político e pela defesa da memória histórica. Seu trabalho deu voz a trajetórias interrompidas pela repressão ou pela morte precoce, sempre com olhar crítico e profundamente humanista. Também atuou como professor do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio desde 1979, formando gerações de cineastas e comunicadores.
Silvio deixa sua filha, Ana Rosa, um neto e um legado de mais de cem obras, que continuarão a inspirar cineastas, historiadores e todos aqueles que acreditam na força da memória, da cultura e da justiça social como instrumentos de reflexão e resistência.
A Contee presta solidariedade à família, aos amigos e aos admiradores de Tendler, celebrando sua trajetória singular, que permanecerá viva no cinema e na memória política brasileira.
Brasília, 5 de setembro de 2025
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee)





