Alckmin se filia ao PSB e diz que deve levar cerca de 10 aliados para a legenda

Com ingresso do ex-governador na legenda define-se, então, o nome do vice na chapa presidencial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

A novela sobre a filiação partidária do ex-tucano e ex-governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, chegou ao fim. Em reunião em que sacramentou a filiação dele ao PSB para ser vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-governador disse que pretende levar consigo para o novo partido até 10 aliados, não apenas de São Paulo.

A maioria desses aliados disputaria mandatos de deputado federal. Ou seja, poderia reforçar o PSB na Câmara dos Deputados. Hoje, o PSB é a nona bancada na Casa, com 30 deputados.

Na conversa com as lideranças socialistas, o ex-tucano quis saber a situação detalhada do PSB em todos os Estados e expressou preocupação com os locais onde os palanques ainda estão indefinidos. O receio era de que isso pudesse, de alguma forma, atrapalhar a aliança nacional com o PT.

INGRESSO GARANTIDO

Os dirigentes garantiram a Alckmin que os problemas pontuais pelo Brasil não ameaçam a decisão nacional de apoiar Lula, nem o próprio ingresso dele no partido.

“Hoje, a filiação de Alckmin é uma unanimidade no partido”, disse o presidente estadual do PSB de São Paulo, Jonas Donizetti, um dos que participaram do encontro com Alckmin na manhã da segunda (7).

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), afirmou que Alckmin demonstrou bastante animação com o projeto durante a reunião. “Foi dito a ele que sua filiação é importante para o partido não só em São Paulo, mas no País inteiro”.

ENTRADA REFORÇA PSB

A definição da data da filiação depende das últimas conversas que o ex-governador de São Paulo pretende ter com aliados, mas deve ocorrer até o final do mês.

Segundo relatou Campos, Alckmin disse estar recebendo ligações de políticos de todas as regiões interessados em acompanhá-lo.

Entre os nomes especulados para se filiar ao PSB, com Alckmin, estão Antonio Carlos Pannunzio, Pedro Tobias, Silvio Torres e Floriano Pesaro, que são lideranças no Estado.

OUTRAS DEFINIÇÕES

A filiação de Alckmin ao PSB define e estabiliza outras relações entre PT e PSB. Assim, fica assegurado o apoio do PT aos candidatos do PSB aos governos estaduais em Pernambuco, a “menina dos olhos” da legenda socialista, e a reeleição de Renato Casagrande (PSB) ao Palácio Anchieta.

Outro nó que se desata mais facilmente é a construção da federação, que deve reunir PT, PSB, PCdoB e PV. Há meses as legendas se encontram para debater série de demandas e fechar acordo que lhes permitam disputar juntas as eleições de outubro próximo.

O impasse maior em torno disso era o entendimento que permitiria o ingresso de Alckmin no PSB.

M. V.

Hora do Povo

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