Após açular fascistas e financiar sites contra lei das fake news, Google desacata o presidente Lula
Não satisfeita em afrontar o Congresso Nacional e a Justiça brasileira, a big tech americana tentou induzir ilegalmente seus usuários contra o Presidente da República
Depois de disseminar fake news açulando hordas fascistas, de criar mensagens deturpadas contra o Projeto de Lei 2630, de regulação da internet, e corromper sites para atacar o relator do projeto, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), o Google decidiu agredir e ofender também o presidente da República.
Numa nova atitude criminosa, a big tech norte-americana, que acabou de afrontar o Congresso Nacional e a Justiça brasileira, voltou a se chafurdar em atividades ilegais, dessa vez, adulterando os seus algoritmos com o objetivo de disseminar uma mentira torpe – parida no submundo do bolsonarismo – contra o presidente Lula. Há uma semana, ela já havia feito isso contra o PL 2630, que regula crimes na internet.
Quando os usuários utilizavam o buscador do Google com a pesquisa sobre “Lula e coroação”, numa referência à viagem do presidente à Inglaterra para a cerimônia de coroação do Rei Charles III, a plataforma indagava ao usuário, de forma provocativa, se ele não estaria pesquisando, “Lula corrupção” no lugar de “Lula coroação”. O objetivo da empresa era induzir os usuário com frases negativas a respeito do Presidente da República.
No episódio da manipulação criminosa contra o PL 2630, a big tech americana, além de usar frases contrárias à regulação e atacar o relator, também conduzia os usuários para editoriais e sites que atacavam o projeto, inclusive para sites que se autointitulam de esquerda.
O Supremo Tribunal Federal e o Ministério da Justiça consideraram essas atitudes como criminosas e exigiram a retirada imediata destes conteúdos. O Ministério multou a empresa dos EUA em um milhão de reais por hora caso se recusasse a obedecer.
O ministro da Justiça Flávio Dino classificou a atitude do Google como uma “censura descabida” ao debate parlamentar. Para o Secretário Adjunto do ministério, Ricardo Capelli, que na ocasião chefiava o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), a ação criminosa da empresa era “uma questão de segurança nacional”. Dino imediatamente acionou os órgãos de controle ligados à pasta para punir a plataforma. No mesmo dia o STF também tomou medidas contra a big tech.
O Partido dos Trabalhadores decidiu, neste domingo (7), entrar com uma notificação extrajudicial contra o Google por mais esse crime contra o país. O partido identificou a possibilidade da plataforma estar tentando interferir, artificial e ilegalmente, na liberdade de opinião dos cidadãos, violando o direito constitucional de liberdade de consciência (art. 5º, inciso VI, CF/88).
A notificação, assinada pela deputada Gleisi Hoffmann, presidente do partido, menciona a atuação criminosa do Google em relação ao PL 2630, das Fake News. “Há menos de uma semana a Notificada utilizou seu poder econômico e sua posição de importante plataforma de pesquisas, para, irregularmente, manipular a opinião pública contra um projeto de lei no Congresso Nacional – a notificada buscou interferir na soberania nacional para fazer prevalecer seus interesses privados”, denunciou o partido.
O PT exige a suspensão da associação de palavras que considera “completamente ilógica”, bem como exige esclarecimentos objetivos e transparentes quanto à lógica algorítmica utilizada para a correção automatizada pelo site. Um dos artigos da nova lei de regulação da internet, combatida pelo Google, obriga as empresas a tornarem transparentes os critérios usados em algoritmos que controlam e manipulam a opinião pública.