Argentina de Milei chega a acordo com FMI para acesso a US$ 4.7 bilhões

O governo da Argentina e as equipes do Fundo Monetário Internacional (FMI) chegaram a um acordo preliminar na quarta-feira (10/01) em que o país liderado por Javier Milei poderá ter acesso a US$ 4.7 bilhões caso o valor seja aprovado pela Comissão Executiva da organização internacional.

Em comunicado oficial, o FMI informou que o corpo técnico do Fundo e as autoridades argentinas “chegaram a entendimentos sobre um conjunto de políticas econômicas que podem restaurar a estabilidade macroeconômica na Argentina e colocar o atual programa de volta nos trilhos”.

Em paralelo ao anúncio, no mesmo dia, durante uma coletiva de imprensa, o ministro da Economia, Luis Caputo, afirmou que o acordo preliminar irá para o conselho do FMI no final de janeiro. De acordo com ele, se o conselho aprovar, o país terá acesso a recursos que permitirão pagar as dívidas acumuladas.

“Este desembolso, também quero deixar claro, não é dinheiro novo, mas para pagar os vencimentos de capital ocorridos em dezembro que, para isso, tivemos que pedir dinheiro à Corporação Andina de Fomento, mais o vencimento de janeiro e o que virá em abril. Esses três vencimentos somam aproximadamente esse valor”, explicou o ministro, acompanhado do presidente do Banco Central, Santiago Bausili.

Caputo também acrescentou que se a Argentina “quiser ir para um novo acordo e eventualmente solicitar novos fundos, o Fundo Monetário está aberto a essa possibilidade”, mas o ministro acredita que cabe ao próprio país “resolver os seus problemas financeiros” e “problemas estruturais”, afirmando a existência de um “vício em gastos públicos excessivos”.

Por outro lado, se o acordo preliminar não for aprovado, o político ameaçou que “haverá medidas mais duras e as pessoas sofrerão mais”.

Vale lembrar que uma das principais promessas feitas por Milei durante campanha à Presidência foi em relação à melhoria da economia nacional, o que dá, portanto, mais teor às negociações que ocorrem entre o governo com o Fundo Monetário Internacional.

Opera Mundi

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo