Assembleia do Sinpro-SP decide: professores em greve no dia 28/04

Mais de 200 professores aprovaram por unanimidade entrar em greve no dia 28 de abril e engrossar o movimento nacional dos trabalhadores contra reforma previdenciária, a reforma trabalhista e a terceirização. A assembleia realizada no SinproSP, sábado, dia 08/04.

Por três horas a assembleia discutiu formas de organização para garantir que todos os professores paralisem as atividades no dia 28. Foi ressaltada a importância de garantir a unidade no movimento e a importância de integrar a luta com todas as categorias profissionais.

Diversos professores tomaram a palavra para analisar a conjuntura, propor estratégias de mobilização. Até o dia 28 serão realizadas atividades como panfletagem, visitas às escolas e distribuição de material. Também haverá um comando de greve aberto que se reunirá a partir do dia 17, no Sindicato, às 16h30.

Na assembleia foram distribuídas camisetas, um boletim informativo e adesivos. Esse material está disponível aos professores e pode ser solicitado pelo e-mail 28euparo@sinprosp.org.br.

Moções de repúdio

O deputado estadual Carlos Gianazzi (PSOL), que também é professor, saudou a diretoria do Sindicato e os demais participantes da assembleia. Ele criticou a proposta de reforma e disse que ela é prejudicial para todos,mas principalmente para mulheres e professores. “O deputado que votar a favor das mudanças será considerado um traidor dos trabalhadores”, afirmou.

Gianazzi aproveitou para fazer um protesto contra o vereador Fernando Holiday (DEM) que vem perseguindo e constrangendo professores da rede municipal dentro das escolas. O deputado anunciou que fez representações junto à corregedoria da Câmara Municipal e o Ministério Público contra o vereador Holiday, por abuso de autoridade.

Um professor presente na assembleia propôs uma moção de repúdio ao vereador que é um dos dirigentes do grupo ultradireitista Movimento Brasil Livre (MBL) e um dos principais propagandistas do Escola Sem Partido. O mesmo professor também sugeriu uma moção de repúdio contra as perseguições políticas aos partidos de esquerda, dirigentes sindicais e lideranças do movimento operário e popular.

Por Gabriela Bueno Ziebert, do Sinpro-SP

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