Atos Nacionais contra o Novo Ensino Médio: juntos pela revogação já!
Estudantes e especialistas defendem debate amplo sobre a educação brasileira; falta de uma proposta clara, desigualdade social e os impactos para a educação brasileira são incertos
O Novo Ensino Médio (NEM) tem sido objeto de críticas e polêmicas, com razão, desde sua implantação em 2017. A proposta era de flexibilizar o currículo e oferecer aos alunos uma formação mais direcionada às suas áreas de interesse, mas, na prática, o que ocorre é uma grande falta de clareza em relação aos objetivos da reforma e um projeto sem debate público e sem ouvir nem educadores, nem estudantes.
Por isso a UBES, com estudantes, especialistas e professores de todo o Brasil, comandará um Ato Nacional pela Revogação do Novo Ensino Médio no dia 15 de março. A revogação do NEM e a reconstrução da escola pública brasileira a partir de um debate amplo e democrático com a sociedade é a pauta que precisa ser debatida urgentemente.
Quarta-feira, dia 15 de março de 2023, a aula será na rua pela valorização dos professores e a ampliação dos investimentos em infraestrutura escolar, pela garantia do acesso à educação de qualidade e uma escola pública que ofereça condições adequadas para a aprendizagem dos alunos.
Nossa prioridade é a educação e a revogação desse plano de retrocesso antidemocrático!
Problemas vão de falta de infraestrutura a professores sobrecarregados
A reforma foi implementada sem um debate amplo com a sociedade e sem uma avaliação adequada dos resultados do programa. Matérias sem conteúdo aprofundado, professores sobrecarregados, ministrando aulas sem estrutura alguma ou formação dentro da sua área e falta de investimentos na formação de professores e na infraestrutura das escolas são só alguns dos problemas enfrentados.
Além disso, a flexibilização na grade de estudos expõe o problema da diferença que há entre o sistema de educação das escolas públicas e das escolas particulares e exclui materiais importantes para formação e análise críticas para o desenvolvimento dos estudantes.
Muitas escolas públicas brasileiras enfrentam dificuldades como falta de equipamentos, salas superlotadas e falta de recursos para atividades extracurriculares, o que pode dificultar a aplicação das novas metodologias propostas pelo programa.
Essa fragmentação de conhecimento prejudica a formação completa dos alunos e favorece apenas aqueles que têm condições de pagar por uma formação complementar ou por escolas com melhores estruturas.
O aumento da carga horária é outro problema. A ampliação do ensino em tempo integral não garante e até afasta da escola estudantes em vulnerabilidade social, aumentando os índices de evasão escolar.
Debate amplo e novas propostas: a educação brasileira é um assunto do povo!
Em resumo, o NEM deve ser revogado pela falta de clareza em relação aos objetivos da reforma, a fragmentação curricular e a falta de investimentos na formação de professores e na infraestrutura das escolas.
É importante que a sociedade debata amplamente e democraticamente os rumos da educação brasileira, visando à construção de uma escola de qualidade para o futuro do nosso país e defendendo o direito fundamental à educação como uma prioridade absoluta.
Precisamos afastar a ideia do debate sobre a educação ser comandado pela elite apenas para a elite. Educação é direito e assunto sério. Vamos nos unir contra o retrocesso. Seguiremos na luta!
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