Bolsa-Família evita miséria dos desempregados urbanos
O jornal O Globo, de domingo (22), trouxe a seguinte manchete: “Bolsa-Família, o novo seguro-desemprego”. Logo abaixo da manchete, dizia o jornal: “Número de beneficiários cresce em cidades ricas, que perderam postos de trabalho”.
Ainda na primeira página, ocupando todas as colunas, uma foto imensa mostrava cena no Centro de São Paulo. A legenda: “Wallisson Machado, auxiliar de gráfica, cadastrou-se no Bolsa-Família há cerca de um ano. Ele usa parte dos R$ 188,00 que recebe pra pagar condução quando sai em busca de trabalho ou para imprimir currículos”.
História – Em outubro de 2003, o então presidente Lula criou o Bolsa, por meio de Medida Provisória. No ano seguinte, em janeiro, o benefício foi normatizado pela Lei 10.836.
Os efeitos positivos do programa foram logo sentidos. Levantamento pelo governo assim que o Bolsa ganhou dimensão mostrou que o dinheiro recebido é gasto, pela ordem, em comida, material escolar, roupas e sapatos. Estudo da Universidade Federal de Pernambuco entre residentes na área rural apontou que os beneficiários usam 87% do dinheiro pra comprar comida.
O Banco Mundial, por exemplo, verificou forte redução na exploração do trabalho infantil dentre os cobertos pelo Programa.
Indústria – O jornal O Globo pesquisou em 15 municípios com mais de 100 mil habitantes e constatou que a maioria sofre impactos gerados pela crise na indústria. A própria Capital paulista viu, nos últimos anos, o número de inscritos no Bolsa-Família subir 58,9%.
Salvação – Para o pesquisador Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas, “o Bolsa-Família é nossa ferramenta mais eficaz no combate à extrema pobreza”. Ele aponta: “Cada R$ 1,00 do Bolsa vira R$ 1,78 no Produto Interno Bruto”.