Campanha lança projeto de mapeamento de grêmios e coletivos escolares na Amazônia
Com chatbot, iniciativa vai coletar e qualificar dados da Região Norte para fomentar a participação e organização dos estudantes na gestão democrática das escolas
A Campanha Nacional pelo Direito à Educação lança nesta semana o Projeto Euetu – Mapeamento de Grêmios e Coletivos Estudantis na Amazônia. A iniciativa busca mapear grêmios e coletivos escolares de forma a conhecer sobre participação e organização de estudantes na gestão escolar para a gestão democrática.
Amazonas, Amapá e Maranhão serão os estados escolhidos para essa primeira fase do projeto – que em um segundo momento será expandido para o restante do país.
Com metodologia própria de coleta e organização de dados, a ferramenta escolhida para o contato com as/os estudantes foi o chatbot (software de bate-papo). Chamado Euetu – que significa vento, na língua do povo Sateré-Mawé, do Amazonas, o bot funcionará no WhatsApp e Messenger, no celular e no desktop, interagindo com estudantes e educadoras/es das redes municipais e estaduais de pelo menos 49 cidades dos territórios escolhidos. O desenvolvimento da ferramenta foi realizado pela Cooperativa EITA e pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
ACESSE E DIVULGUE O CHATBOT DA PESQUISA: https://wa.me/5511987937711
Essa estratégia contempla populações que não têm acesso à banda larga e possibilita a comunicação pelo celular com baixo uso de dados de internet.
Os Comitês Regionais da Rede da Campanha, presentes em cada um dos estados designados no projeto – assim como em todas as unidades federativas do Brasil -, contribuirão para a implementação do projeto trazendo expertise em articulação das redes locais. Ainda, o projeto conta com apoio da Porticus e de outras organizações parceiras na divulgação da pesquisa, como Aprendiz, Comunidade Educativa CEDAC, Flacso Brasil, Instituto Alana, Unicef, entre outras.
Um dos objetivos do projeto é qualificar dados sobre a organização dos estudantes em espaços de participação escolares, podendo assim identificar grupos estudantis e formas de atuação para a promoção da gestão escolar inclusiva e democrática.
“O projeto faz parte de um programa da Campanha de fortalecimento da educação integral e da visibilização de grupos muitas vezes excluídos do sistema educacional no campo, em comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas, entre outras. É também parte de uma estratégia de fortalecer os movimentos locais, inclusive junto às juventudes, e ampliar o trabalho de incidência política e de fortalecimento dos espaços democráticos nos estados e, a partir deles, para a agenda nacional”, afirmou Andressa Pellanda, coordenadora geral da Campanha.
(Foto do post e do chatbot: Tânia Rego/Agência Brasil)