Centrais convocam paralisação nacional em defesa dos direitos sociais e trabalhistas
Após reunião realizada na tarde da última sexta-feira (9), as centrais sindicais (CTB, CUT, Força Sindical, UGT, Nova central e Intersindical) anunciaram a realização de paralisação nacional no próximo dia 22 de setembro. A reunião, que ocorreu na sede da CUT Nacional, deliberou a convocação geral da classe trabalhadora em protesto contra as medidas anunciadas pelo governo sem voto de Michel Temer, que sinaliza para a implementação de uma agenda ultraneoliberal.
Essa jornada é considerada pelos sindicalistas como uma forma de ir debatendo com as categorias a construção de uma greve geral. De acordo com informações do presidente da CTB/SP, Onofre Gonçalves, que acompanhou a reunião, “a pauta é a defesa dos direitos sociais e trabalhistas com um forte foco nas reformas maldosas que rasgam a CLT e desmontam a nossa Previdência Social”.
Ele avisou que a classe trabalhadora não irá se calar diante das medidas anunciadas. “Oitenta horas de jornada semanal ou 12 horas de jornada diária. É isso que é jogado pelo governo golpista que quer a todo custo retirar direitos. Haverá luta. Queremos solução para o desemprego e como resposta recebemos precarização do mundo do trabalho”, externou.
Ontem (11), em ato realizado na Avenida Paulista, o presidente da CUT/SP, Douglas Izzo, afirmou que a classe trabalhadora não permitirá a concretização da reformas nos direitos que o governo tem anunciado. “Fora Temer e todos aqueles que defendem o retrocesso e que querem aplicar no Brasil uma política que vai acabar com a educação, saúde e políticas universalizantes. Nós temos que denunciar os golpistas que estão votando no Congresso Nacional projetos que representam o desmonte das políticas sociais”, disse o dirigente.
Também serão pautas da paralização nacional: a luta contra o desemprego que já atinge a 12% e as privatizações; o saque aos recursos públicos; o desmonte da Educação, Saúde, moradia, Agricultura familiar; e a defesa da soberania nacional.
Com informações da CTB e da CUT