Cláudia Costin recua, mas professores continuam mobilizados contra sua nomeação para Secretaria de Educação Básica
O Jornal do Brasil informou neste domingo (25) que a secretária municipal de Educação do Rio de Janeiro, Cláudia Costin, desistiu de assumir a Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, no lugar de César Calegari que deixará o cargo até o final do ano. Mesmo assim, os trabalhadores da educação e as entidades que representam a categoria, como a Contee, continuam mobilizados contra a possível nomeação, por entender que Cláudia Costin representa uma ameaça privatista que descaracterizará a educação fundamental e média com o apagamento de professores e alunos.
A Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp) reproduziu em seu site artigo publicado em 2009 em que a professora Silvia Barbara, diretora da Fepesp e do sindicato, já antecipava a ameaça de se ter Cláudia Costin à frente de uma pasta de Educação, na época em que ela foi nomeada secretária na Prefeitura do Rio.
No artigo, Silvia Barbara critica declaração de Cláudia Costin, segundo a qual “a maior participação da mulher no mercado de trabalho trouxe outras opções de carreira para as mais talentosas. Anteriormente, se uma mulher desejasse trabalhar, a única possibilidade socialmente aceita era ser professora”.
“Chegamos a esse nível”, protesta a diretora da Fepesp. “Num país onde todo mundo acha que entende muito de educação, algumas pessoas perderam a vergonha de falar qualquer bobagem e o que é pior: muitas delas têm espaço garantido na grande imprensa. O diagnóstico é pautado pelo senso comum, recheado por chavões. A solução é sempre simplória: basta encontrar um culpado. Quase sempre o professor.” E Completa: “Quanto à Costin, ela é apenas um triste exemplo do embuste que tem dominado o debate sobre a educação.”
Leia o artigo na íntegra no site da Fepesp
Da redação, com informações do Jornal do Brasil e da Fepesp