Conferência em defesa da democracia lança Frente Brasil Popular neste sábado
Sindicatos e movimentos sociais somarão força neste sábado (5/9), juntamente com partidos políticos e personalidades nacionais, na Conferência Nacional Popular que lançará, oficialmente, a Frente Brasil Popular, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na capital mineira. O coordenador da Secretaria de Políticas Sindicais da Contee, José Carlos Arêas, representará a Contee no evento.
Em defesa da democracia e por uma nova política econômica, as forças progressistas prepararam uma série de atividades que serão realizadas ao longo de todo o sábado. Pela manhã, haverá a abertura e o lançamento da Frente. À tarde, serão montados grupos temáticos de trabalho que debaterão os pontos propostos pelos movimentos populares, sindicais, da juventude, negros e negras, mulheres, LGBT, pastorais, partidos, intelectuais e artistas. São eles: reformas estruturais e populares; direitos dos trabalhadores; direitos sociais do povo; defesa da democracia; defesa da soberania nacional; e integração latino-americana.
Os grupos de trabalho (GTs) apontarão os posicionamentos que deverão compor um manifesto à nação, com uma plataforma política mínima. Além disso, também será formulado um calendário de atividades para debater as propostas com a população. Ao final, haverá um ato político onde falarão representantes das entidades presentes e personalidades.
“Antes de mais nada, a criação da Frente é uma defesa do estado de direito democrático contra qualquer tipo de golpe. Esse ponto crucial. O segundo é a defesa da soberania nacional. As investigações da lava-jato têm cunho político e estão paralisando o desenvolvimento nacional, não só da Petrobras, mas está destruindo a engenharia nacional”, alerta José Carlos Arêas.
Para o dirigente, que coordenará um dos GTs sobre reforma política, as reformas estruturais são ponto de partida para as mudanças que o País precisa. “Além da política, também é preciso fazer a reforma urbana, a agrária, e, claro, a educacional. É preciso lutar contra a mercantilização do ensino, contra a privatização da educação para que haja desenvolvimento, integração dos povos e respeito a diversidade”, avalia.
Com relação à atual política de ajuste fiscal, Arêas defende que para superar a crise é preciso valorizar o trabalho e manter os programas de inclusão social. “É preciso defender os trabalhadores que não podem pagar pela crise e nem a população com os cortes nas áreas sociais”, afirma.
Além da Contee e do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG), também estarão presentes dirigentes da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), entre outros.
Deborah Moreira
Imprensa Contee