Congresso do Sinpro Goiás reafirma concepção e prática do sindicalismo classista
Defender, sem jamais transigir, os direitos e ampliar as conquistas de professores e professoras que representa, além de dar continuidade à sua lutar para conquistar efetivamente melhores salários e condições dignas de trabalho para a categoria.
Esse foi o entendimento unânime do X Congresso do Sinpro Goiás, realizado nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro. Coordenado pelo professor Alan Francisco de Carvalho, presidente do sindicato, o evento contou com a participação da coordenadora-geral da Contee, Madalena Guasco Peixoto, que ministrou uma palestra sobre “Conjuntura educacional”. Uma síntese da exposição estará publicada na próxima edição da Tribuna do Professor, jornal impresso do Sinpro Goiás.
Além de Madalena, também participaram o juiz do trabalho Platon Teixeira de Azevedo Neto – que tratou do tema central do congresso: “Trabalho decente para docentes: desafios e perspectivas” – e o professor Lejeune Mirhan, sociólogo da Fundação Maurício Grabois, cuja conferência foi sobre “Conjuntura nacional e internacional”.
Os professores e sindicalistas docentes, a partir das análises apresentadas nas conferências, debateram sobre questões relacionadas ao cotidiano do exercício do magistério e da política sindical.
As discussões do X Congresso do Sinpro Goiás mantiveram-se dentro dos princípios de sindicalismo classista, cujos interesses, além da melhoria imediata das condições de trabalho e de vida, vinculam-se também às preocupações com mais amplas, tais como as políticas públicas na área da educação, com a necessária solidariedade de toda a classe trabalhadora, e com a transformação política e social, nacional e internacional.
Plano de lutas
Um dos objetivos do X Congresso foi o de traçar o Plano de Lutas do Sinpro Goiás, para os próximos anos. Pelas deliberações do seu congresso, o Sinpro Goiás tem que manter-se firme nos processos negociações para garantir, pro exemplo, entre outros aspectos importantes, que se amplie do valor básico da hora aula.
Ficou determinado ainda que o sindicato tem que continuar a lutar pelo cumprimento do limite de alunos por sala de aula, de acordo com o que consta das deliberações da Conferência Nacional de Educação (Conae) 2010. Ainda no plano geral de lutas, o congresso reafirmou a necessidade de se intensificar a defesa da regulamentação do ensino privado.
O Plano de Lutas também reafirma a necessidade de que a continuidade e a unidade de ação das entidades sindicais dos trabalhadores em educação sejam cada vez mais efetivas, incluindo-se uma articulação maior com os docentes do setor público. O segmento docente e pessoal técnico-administrativo das instituições particulares de ensino em Goiás deve intensificar campanhas em conjunto com a Federação Interestadual dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Brasil Central (Fitrae-BC), a Contee e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
A formação e a atualização de conhecimentos da docência, bem como a realização de seminários e de outras atividades, devem se somar para proporcionar a formação de dirigentes sindicais e o surgimento de novos quadros, assim como a promoção da consciência classista.
Associado ao campo de formação docente, o Consinpro aprovou, como parte desse Plano de Lutas, a promoção e o incentivo da política saudável de atividades físicas, culturais e de lazer, além da promoção de debates e de ações sobre a saúde do professor, ressaltando que a qualidade de ensino não está dissociada da qualidade de vida.
O Plano de Lutas reafirma, ainda, como necessária a continuidade da eleição de delegados sindicais em instituições de ensino, consoante o que dispõe a legislação e as convenções e acordos coletivos.
A participação em órgãos colegiados responsáveis por implementar políticas públicas, como os conselhos de educação e os de promoção da igualdade social, como tem feito o Sinpro Goiás, é outra prática reafirmada pelo congresso.
No campo editorial, o Consinpro destacou como fundamental manter a publicação do jornal Tribuna do Professor, bem como a edição de cartilhas sobre direitos trabalhistas e direitos da mulher professora e a contínua atualização do site do sindicato.
A atitude de solidariedade internacional, como parte da prática do sindicalismo classista, foi também ressaltada pelo Consinpro.
Com informações do Sinpro Goiás