Contee e sindicatos denunciam proposta de deságio da Rede Metodista e alertam trabalhadores

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) e os sindicatos Sinpro Campinas e Região, Sinpro ABC, Sinpro Minas, Sinpro-JF e Sinpro-Rio divulgaram nota conjunta alertando os/as professores/as e administrativos/as credores/as das Instituições Metodistas de Ensino sobre os riscos e prejuízos da proposta recente apresentada pela Rede Metodista de Educação (RME) no processo de recuperação judicial.

A nota refere-se à petição protocolada pela RME em 30 de maio, na qual a instituição solicita ao juízo da recuperação judicial autorização para quitar os débitos trabalhistas com um deságio de 40%. Isso significa que, caso aceitem a proposta, os credores receberão apenas 60% dos valores devidos, tendo seus créditos considerados integralmente quitados, sem possibilidade de cobrança posterior da diferença.

A proposta surge a poucos meses do vencimento do prazo de 36 meses do plano de recuperação judicial, homologado em dezembro de 2022. Naquela ocasião, o passivo trabalhista reconhecido era de R$ 404 milhões. Até o momento, apenas 27% desse total foi pago, conforme relatório do administrador judicial datado de 13 de junho de 2025.

As entidades sindicais denunciam que a proposta da RME é uma manobra para evitar a responsabilização solidária da Associação da Igreja Metodista (AIM), que poderá ser acionada para arcar com o pagamento integral dos débitos trabalhistas a partir de dezembro deste ano. Para as entidades, trata-se de um “canto de sereia imoral e desonesto”, que visa impedir que os/as credores/as busquem seus direitos perante o patrimônio da AIM.

“Não é razoável que, às vésperas da responsabilização da AIM, os trabalhadores sejam pressionados a abrir mão de quase metade de seus créditos. Aceitar essa proposta significa anuir com a conduta das recuperandas, marcada por descumprimentos e desrespeito ao direito dos trabalhadores”, diz a nota.

As entidades reafirmam o compromisso de continuar atuando em defesa dos direitos dos/as trabalhadores/as e orientam veementemente a rejeição de qualquer proposta de quitação com deságio.

Para dúvidas e orientações, os sindicatos estão à disposição dos credores/as.

Veja a nota na íntegra

Por Romênia Mariani

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