Contee envia carta ao presidente Bernardo Arévalo em apoio aos movimentos sindicais perseguidos na Guatemala
“A solidariedade sindical, ela nos impulsiona a saber que qualquer ataque feito no mundo aos trabalhadores é um ataque direcionado a todos os trabalhadores”, afirmou Cristina de Castro.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) protocolou na embaixada da Guatemala, nesta quarta (10/7), carta direcionada ao Presidente da Guatemala Bernardo Arévalo, que também foi encaminhada à Ministra da Educação Anabella Giracca.
Na carta, a Contee trata da forte repressão que vem acontecendo naquele país contra os movimentos sindicais. Pede ainda que as autoridades competentes tomem as providências cabíveis para conter os atos de violência, de intimidação e ameaças recorrentes à classe trabalhadora, incluindo casos gravíssimos de assassinatos de líderes sindicais.
“A liberdade de associação e o direito à negociação coletiva são pilares essenciais da democracia e devem ser resguardados. É lamentável e inconcebível a perseguição sistemática à direção Nacional, Departamental e Municipal do Sindicato dos Trabalhadores da Educação da Guatemala (STEG) por exercerem seus direitos legítimos de organização e representação dos interesses dos trabalhadores”, diz trecho da carta.
Veja outra parte impactante da mensagem: “Cientes dos preceitos progressistas cultivados por Vossa Excelência, conclamamos ao senhor presidente que faça os encaminhamentos necessários para assegurar a integridade física e mental dos trabalhadores e trabalhadoras, a fim de estancar essa sangria, combater a impunidade e florescer os ideais de “liberdade, igualdade e fraternidade”, imprescindíveis à construção de uma sociedade justa e inclusiva”. Leia a íntegra da correspondência ao final.
Segundo a Coordenadora da Secretaria de Relações Internacionais da Contee, Cristina de Castro, a irmandade entre os movimentos sindicais é muito importante. Disse que com essa inciativa, a confederação presta solidariedade aos companheiros sindicalistas guatemaltecos que sonham com paz e a justiça social, mas que são perseguidos brutalmente e têm seus direitos fundamentais violados pelas forças conservadoras.
“A solidariedade sindical, ela nos impulsiona a saber que qualquer ataque feito no mundo aos trabalhadores é um ataque direcionado a todos os trabalhadores, independente do lugar onde eles estejam. Essa corrente do bem se junta a tantas outras vozes, a tantos outros sindicatos, a tantos outros trabalhadores em apoio e em solidariedade e em defesa dos sindicatos, das entidades sindicais da Guatemala, que também se junta à Internacional da Educação da América Latina, na defesa dos interesses de todas as categorias”, evidenciou Cristina.
Reforçando a relevância de somar esforços para mitigar as mazelas assistidas, a coordenadora terminou afirmando: “É possível caminhar só, porém todos os trabalhadores sabem que as grandes caminhadas requerem companheiros e o movimento sindical precisa sempre ser solidário, sempre fraterno e sempre caminhar junto”.
Por Romênia Mariani