Contee na rede: Professores de escolas particulares protestam por excesso de trabalho
Domingo de Greve foi destaque ontem (17) no site do Jornal Zero Hora, de Porto Alegre. Leia abaixo:
Horas extras não remuneradas são alvo de reivindicação, que ocorre no próximo domingo, 20
Lara Ely
Para a maioria das pessoas, domingo é dia de descanso. Para muitos professores, no entanto, é mais uma oportunidade de preparar provas, corrigir trabalhos, verificar chamadas. No próximo dia 20, eles farão o que bem entenderem, menos trabalhar.
Trata-se de um “domingo de greve”, convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), com o objetivo de denunciar o excesso de trabalho extraclasse na rotina dos docentes do ensino privado.
A campanha não visa melhor remuneração, mas sim, mais qualidade de vida, explica a diretora do Sindicato dos Professores do Ensino Privado do RS (Sinpro/RS), Cecília Farias.
— O professor precisa de tempo para convívio familiar, lazer, atividades culturais, isso faz diferença no conteúdo que eles irão passar para os alunos.
Bruno Eizerik, presidente do Sindicato do Ensino Privado (Sinepe) respeita, mas não concorda com a paralisação. Para ele, o trabalho extraclasse é parte da função do professor, previsto inclusive na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
— É como se o jogador recebesse pelo treino, ou o juiz pela redação da sentença. O professor gerencia seu tempo com a liberdade de executar as tarefas no horário que achar melhor — argumenta.
Em Porto Alegre a concentração ocorre a partir das 11h, no Parque Farroupilha (Redenção), junto ao Monumento ao Expedicionário.
