Contee presente: Dia de Paralisação tem adesão de trabalhadores em todo o país
Desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (29), trabalhadores promoveram paralisações e atos com interdições de vias em diversas cidades do país, como parte do Dia Nacional de Paralisação e Manifestações. A mobilização foi convocada pelas centrais sindicais CTB, CUT, Conlutas, CSB, Intersindical e Nova Central, forma de protesto contra mudanças na terceirização, contra as Medidas Provisórias 664 e 665 (que alteram regras para concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários) e em defesa dos direitos e da democracia.
Na capital paulista, a maior do país, os trabalhadores bloquearam a Ponte das Bandeiras, com fechamento de duas faixas de rolamento na Avenida Santos Dumont, sentido Santana. Ainda em São Paulo, como previsto, manifestantes de diversas categorias cruzaram os braços e realizaram manifestações na região central e na Avenida Paulista, ao longo do dia. Estudantes e funcionários da Universidade de São Paulo (USP) também protestaram próximo à Cidade Universitária.
O presidente da CTB, Adilson Araújo, destacou que o Brasil precisa de avanços na democracia e mais direitos para a classe trabalhadora. “O povo sabe que é fundamental resistir. Tucanagem nunca mais. O Brasil sofre com a crise, mas é necessário que a gente possa resistir. Todos sabem que trabalhador terceirizado recebe menos e é mais vulneravel á doenças e morte por isso é preciso gritar em alto e bom som não à terceirização”, enfatizou. O objetivo desta manifestação, garantiu Adilson, é “sepultar o PL 4330/2004, que escancara a terceirização”.
No ABC Paulista, o movimento também foi intenso. “A agenda econômica que está sendo adotada é aquela do candidato à direita, que nós derrotamos nas urnas. Não podemos esquecer de pedir que a presidenta Dilma vete o projeto que libera a terceirização total e que, ao contrário, aprove a mudança na Previdência. As MPs 664 e 665 são ruins, pois retiram direitos de vocês. Mas junto com elas veio uma mudança boa, que é a aprovação da fórmula 85/95. A Dilma precisa sancionar este ponto”, disse Vagner Freitas, presidente da CUT, durante passeata realizada na manhã desta sexta-feira no centro de São Bernardo.
Diretores da Contee também marcaram presença nas manifestações realizadas em suas respectivas cidades. Em Porto Alegre, desde a manhã bem cedo, segundo o coordenador da Secretaria-Geral da Confederação, Cássio Filipe Galvão Bessa, houve paralisação no transporte público. À tarde, ele e o coordenador da Secretaria da Saúde do Trabalhador, Luiz Gambim, também participaram dos atos em frente ao Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, e em frente ao prédio da RBS, afiliada da Rede Globo no estado. De acordo com Cássio, a avaliação do dia de mobilização foi positiva no Rio Grande do Sul e a luta contra a terceirização foi destaque no noticiário local.
Em Goiânia, o coordenador da Secretaria de Políticas Sociais da Contee, Alan Francisco de Carvalho, também participou do ato em frente à Federação da Indústria de Goiás. Conforme o diretor, o transporte coletivo do principal eixo da Região Metropolitana também paralisou pela manhã e o resultado da mobilização na capital do estado foi positivo. Já em Cuiabá, a coordenadora da Secretaria de Assuntos Institucionais da Confederação, Nara Teixeira de Souza, esteve presente no protesto realizado durante à tarde na Praça das Bandeiras, próxima à Federação da Indústria do Mato Grosso. Por sua vez, sobre os atos em Belém, o coordenador da Secretaria de Organização Sindical, José Ribamar Barroso, afirmou que a CUT e a CTB juntas fizeram um intensa mobilização.
Os portais da CUT e da CTB publicaram informes sobre o dia de manifestações em várias capitais brasileiras. Um dos destaques da truculência contra os trabalhadores foi em Recife, onde 11 sindicalistas foram detidos pela polícia por fazerem manifestação no Porto de Suape, na região metropolitana da capital de Pernambuco.
Da redação, com informações do Portal Vermelho , da CUT e do Portal CTB