Coordenador da Secretaria de Previdência da Contee critica reforma apresentada pelo governo golpista
“Fixar idade mínima de 65 anos de idade para todos e exigir 49 anos de contribuição para receber o teto do INSS, tanto para homens quanto para mulheres, do campo e da cidade, é o maior assalto aos direitos dos trabalhadores de que se tem notícias na história do país.” Foi o que declarou nesta terça-feira (6) o coordenador da Secretaria de Previdência, Aposentados e Pensionistas da Contee, Ademar Sgarbossa, sobre a reforma da Previdência anunciada pelo governo golpista de Michel Temer.
O diretor da Confederação teceu uma série de outras críticas ao projeto, apontando que é um absurdo exigir no mínimo 25 anos de contribuição para o trabalhador poder se aposentar aos 65 anos. “Estabelecer uma idade mínima de 65 anos para todos e sem considerar o tempo de contribuição é a maior injustiça já feita com o trabalhador que necessita começar a trabalhar desde os 15 ou 16 anos de idade”, apontou. “Considerando que a estimativa de vida está entre os 68 e 75 anos de idade, dependendo da região do Brasil, serão muito poucos os trabalhadores que conseguirão se aposentar e os que conseguirem usufruirão da aposentadoria nas mais precárias condições físicas e por alguns anos apenas.”
Além disso, Sgarbossa também considerou que “a regra de transição de 50 anos para homem e de 45 anos para mulher é um atentado à expectativa do trabalhador que está prestes a adquirir o direito a aposentadoria”. Ele ainda ressaltou a importância de uma forte mobilização contra o projeto. “Não resta aos trabalhadores outra alternativa a não ser o enfrentamento para barrar esta reforma antidemocrática patrocinada pelo governo golpista.”
Da redação