Coordenador-geral da Contee expõe violência contra as mulheres presente na reforma da Previdência
No último sábado (10), dia em que foram comemorados os 68 anos da Declaração Universal nos Direitos Humanos, terminou oficialmente a campanha mundial 16 Dias de Ativismo, dedicada a combater a violência contra a mulher. O encerramento da campanha iniciada em 25 de novembro, não significa, contudo, que esse tema tão relevante saia de pauta. Hoje (12), por exemplo, o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, que também é vereador em Belo Horizonte, participou, na capital mineira, de uma roda de conversas com o tema “Homens pelo fim da violência contra as mulheres”.
Diante de tantas formas de violência, o diretor da Confederação aproveitou a oportunidade para destacar, segundo escreveu em seu perfil no Facebook, a enorme violência presente da reforma de Previdência. Violência que começa na proposta de igualar a idade mínima para a aposentadoria de homens e mulheres aos 65 anos, ignorando que as mulheres, além de estar no mercado de trabalho, são as responsáveis, na concepção da cultura machista, pelos cuidados com a casa e com os filhos.
Pela lei atual, as mulheres se aposentam com 55 anos de idade e 30 anos de contribuição; já pela proposta enviada pelo governo golpista de Michel Temer, só poderão se aposentar aos 65 anos e, mesmo assim, para receber a aposentadoria integrar, terão de somar 49 anos de contribuição. Longe de equiparar homens e mulheres, o que a proposta faz é aprofundar ainda mais a desigualdade de gênero.
Da redação