CTB reúne juventude trabalhadora e debate manifestações
A CTB deu início, no final da tarde da última sexta-feira (28), ao 2º Encontro Nacional da Juventude da CTB, em Belo Horizonte (MG). O Encontro, que se estende até este domingo (30), está sendo realizado no Centro de Formação da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg).
A abertura contou com a presença de dezenas de jovens, representantes de sindicatos filiados à CTB de diversos Estados; de dirigentes da central e de entidades, como a Fetaemg, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais (UEE-MG) e Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG).
A mesa do primeiro dia foi composta pelo secretário nacional de Juventude da CTB, Paulo Vinícius; o presidente da Fetaemg e dirigente nacional da CTB, Vilson Luiz da Silva; o diretor nacional de Política Agrícola e Agrária da CTB, o Sérgio de Miranda; o presidente da CTB Minas, Marcelino da Rocha; a secretária-geral da Contag, Dorenice Flor; a presidenta da ANPG, Luana Bonone; e do presidente da UEE-MG, Paulo Sérgio de Oliveira.
O secretário nacional da Juventude, Paulo Vinícius se disse honrado em participar do encontro no Centro de Formação da Fetaemg. “Realizar este encontro aqui, na casa do camponês, que tem ocupado cada vez mais espaço na CTB, tem outro sentido”.
Segundo ele, o encontro, que tem o lema “Unir a juventude que trabalha e estuda à luta sindical”, tem o objetivo de discutir os principais temas ligados à atual conjuntura política, econômica, sindical e social do Brasil, a partir do ponto de vista da juventude trabalhadora, tanto do campo como das grandes cidades do País.
Protagonismo
“Temos neste encontro o ‘filé’ da CTB, a juventude que quer fazer a luta, superar as dificuldades e pensar a próxima etapa da Central, ser protagonista. Não vamos deixar a direita dirigir este País, pois nunca dormimos, sempre estivemos nas ruas”, acrescentou, se referindo às manifestações que assolaram o País nas últimas semanas.
Também se referindo ao tema, o presidente da Fetaemg, Vilson Luiz, disse que discorda da ‘baderna’ promovida por algumas pessoas, mas defendeu os protestos. “Temos que apoiar a juventude que foi às ruas dar a cara a tapa”.
Vilson também falou do franco crescimento da CTB, que em apenas cinco anos de existência já é considerada a quarta maior central do País. Para ele, a CTB tem plenas condições de alcançar o primeiro lugar entre as centrais. “Precisamos dos jovens para colocarmos a CTB no 1º lugar”.
O presidente da CTB Minas, Marcelino da Rocha, também ressaltou o crescimento da entidade no Estado e do trabalho desempenhado pelos dirigentes José Antônio de Lacerda – “Jota”, Gelson Alves e Romney Mesquita. “São companheiros que carregaram o piano nos primeiros anos para que hoje a gente possa dar sequência ao trabalho que vem sendo realizado com mais tranquilidade”.
Explorados
Marcelino lembrou aos jovens presentes que o mundo vive numa luta permanente entre explorados e exploradores e que a CTB optou por defender a classe dos explorados. “Não podemos ter dúvidas quanto a isso e devemos reafirmar sempre o nosso compromisso de lutar para ganhar esta guerra. Como bem disse Che Guevara, ‘ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição’ ”.
O diretor nacional de Política Agrícola e Agrária da CTB, Sérgio de Miranda, falou da alegria de participar do encontro da juventude. Ele elogiou a participação dos jovens nas manifestações, que já estão apresentando os primeiros resultados, como a redução do preço das passagens de ônibus e a provação de diversos projetos de interesse da população no Congresso Nacional. “Estes resultados reforçam a crença de que o povo organizado é que faz as coisas acontecerem”.
A secretária-geral da Contag, Dorenice Flor, comentou que o momento é de fortalecer os sindicatos para que sejam cada vez mais fortes nas lutas dos trabalhadores por avanços e conquistas e para barrar os oportunistas que têm aparecido nas manifestações.
Presente
Dorenice também defendeu a unidade entre os trabalhadores do campo e da cidade na luta por um mundo melhor e maiores oportunidades para a juventude do campo não precisar ir para as periferias das grandes cidades. “Não somos o futuro, somos o presente. E temos o direito de viver com qualidade de vida agora”.
O atual momento por que passa o País é propício para o debate político, opinou a presidenta da ANPG, Luana Bonone. “Temos que aproveitar a oportunidade para fazer um bom debate político, colocar nossa cara, nossas ideias e nossa pauta para a sociedade”.
Já o presidente da UEE-MG, Paulo Sérgio de Oliveira, acrescentou que “devemos intensificar o trabalho pela mudança de rumos das manifestações”. “Em Minas, conseguimos colocar nossas bandeiras nas ruas. Agora, precisamos colocar também a nossa pauta”, afirmou.
Do Vermelho