Cúpula do Mercosul realiza-se amanhã em Caracas
A presidenta Dilma Rousseff participará nesta terça-feira (29), em Caracas, da Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados. O encontro dos chefes de Estado será precedido pela 46ª reunião do Conselho do Mercado Comum do Mercosul, que ocorre nesta segunda-feira (28).
Os países do bloco representam cerca de 72% do território e 70% da população de todo o continente sul-americano, acumulando 80% do PIB da região, 58% dos ingressos de investimento estrangeiro direto e 65% do comércio exterior.
O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, vai recepcionar líderes como Dilma Rousseff, Cristina Kirchner e José Mujica.
A presidência rotativa do Mercosul será passada da Venezuela para a Argentina.
O encontro de Cristina Kirchner (Argentina), Dilma Rousseff (Brasil), Horácio Cartes (Paraguai), José Mujica (Uruguai), e o anfitrião Nicolás Maduro (Venezuela) se dará um dia antes do último dia do prazo dado por um juiz norte-americano para que a Argentina pague os denominados “fundos abutres”, credores que não aceitaram reestruturar as dívidas arrastadas e ampliadas desde a crise de 2001.
A questão deve ser levada à cúpula pela presidente Cristina Kirchner para um pronunciamento de ratificação do apoio ao país e rechaço à sentença pelos membros do bloco.
A presidente Dilma Rousseff levará à reunião a proposta de antecipar para dezembro a eliminação de tarifas comerciais entre os países do bloco e o Chile, a Colômbia e o Peru, segundo adiantou o embaixador Antônio Simões, subsecretário geral da América do Sul, Central e do Caribe. A previsão é que as tarifas de importação sejam eliminadas em 2019.
Michelle Bachelet, presidente do Chile, país associado do bloco regional, estará presente na cúpula, assim como seus pares da Bolívia (Evo Morales), de El Salvador (Salvador Sánchez Cerén) e da Nicarágua (Daniel Ortega,) de acordo com informações do presidente venezuelano.
A volta do Paraguai ao Mercosul após mais de um ano é um dos elementos que marcará a cúpula. Suspenso em 2012 com o golpe de Estado que destituiu o presidente Fernando Lugo, o país regressará com algumas resoluções aprovadas durante sua ausência, como o protocolo de adesão da Bolívia ao bloco, assinado em Brasília, em dezembro de 2012.
Um dos temas em discussão será o acordo com a União Europeia, cuja negociação se encontra estagnada.
A Venezuela, por sua vez, propõe a criação de uma zona econômica do Mercosul com os países da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América)
Do Portal Vermelho