Demissão de professores da rede privada foi maior em 2017
Sindicato diz que houve 3.702 desligamentos e denuncia queda na qualidade de ensino. Instituições falam em readequação de pessoal
O ano de 2017 foi de milhares de baixas na rede privada de educação do Distrito Federal. Levando em conta o total de demissões registrado ao longo dos 12 meses, a média de desligamentos alcançou a impressionante marca de 10 docentes que perderam o emprego a cada dia.
As 3.702 dispensas representam um crescimento de 14,25% em comparação a 2016, quando 3.240 professores foram demitidos no DF. O motivo, segundo o sindicato da categoria, é a rápida aplicação da reforma trabalhista e o modelo de gestão de grandes conglomerados que chegam à capital.
Quem revela o número é o Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinproep). Segundo a entidade, semanalmente dezenas de profissionais vão à sede do Sinproep, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), para assinar rescisões contratuais. A demanda tem sido tão alta, que é preciso organizar a agenda, separando o atendimento entre escolas e faculdades afetadas.
Uma das instituições que mais demitiu, segundo o sindicato, foi a Rede de Ensino JK, que teria desligado aproximadamente 150 profissionais no decorrer do ano letivo. O grupo tem cinco faculdades e uma escola no DF, além de um centro de ensino superior e um colégio em Valparaíso (GO), no Entorno.
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