Deputada Alice Portugal propõe diligência da Comissão de Educação no Inep
Parlamentar apresentou requerimento de diligência durante audiência no colegiado, que contou com a presença do ministro Milton Ribeiro
Preocupada com a crise instalada no Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), responsável pela realização do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) apresentou na Comissão de Educação da Câmara, nesta quarta-feira (17), pedido de diligência no órgão para averiguar os desvios que estão ocorrendo no instituto, que colocam em dúvida a lisura do exame.
A deputada solicita que a diligência seja realizada com o auxílio do Ministério Público e do TCU (Tribunal de Contas da União).
“O governo Bolsonaro instalou o caos na Educação brasileira. O Inep está sendo desmontado e servidores que saíram do órgão denunciam que o governo tem interferido na escolha dos conteúdos das provas do exame deste ano. Isso é inadmissível. O Enem é o principal acesso ao ensino superior no Brasil e precisa ser realizado com segurança e seriedade, o que não estamos vendo neste governo”, afirmou a deputada.
Ministro minimizou a crise no Inep
A parlamentar apresentou o requerimento de diligência durante audiência da Comissão de Educação, nesta quarta-feira, que contou com a presença do ministro Milton Ribeiro. Na reunião, o ministro minimizou a crise no Inep, afirmando que os servidores pediram demissão devido ao corte de gratificação e que o governo não interferiu na elaboração da prova do Enem.
Todavia, os servidores denunciam que o presidente do Inep, Danilo Dupas, deixou claro que a prova não poderia ter perguntas consideradas “inadequadas” pelo governo.
“A submissão prévia de provas do Enem à pessoas externas ao Inep é fato da maior gravidade e põe em risco a credibilidade do exame. Diante dessas denúncias, é fundamental que a Comissão de Educação se utilize de todos os meios legais disponíveis para averiguar os graves desvios que ocorrem no órgão”, completou a deputada.
Com informações da Ascom da deputada.
Marcos Verlaine