Desemprego continua alto no Brasil; mulheres e negros são os mais atingidos

Mulher, nordestina e com idade entre 18 e 24 anos – esse é o perfil do desempregado no Brasil, segundo pesquisa divulgada esta semana pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), com base nos dados obtidos pela pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua do IBGE e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). O estudo se baseou no segundo trimestre de 2018 e revelou ainda que a taxa de desemprego se mantém estável em 12,5%. Isso reflete uma desaceleração da população ocupada em relação ao primeiro trimestre de 2018.

Os estados que tiveram aumento no número de desempregados foram Piauí, Sergipe, Maranhão, Pernambuco e Riode Janeiro. Já no Amazonas, Tocantins, Goiás e Mato Grosso do Sul o índice de pessoas sem trabalho caiu.

O percentual de mulheres desempregadas ficou em 15%, enquanto o de homens, 11,6%. A pesquisa mostra ainda que o índice de pessoas negras desempregadas ficou em 16% e o de brancos em 10,5%.

O número de pessoas desempregadas que têm ensino médio ficou em 22%. Entre as que tem nível superior, o índice ficou em 6,6%.
A pesquisa mostra que, enquanto o número de idosos trabalhando aumentou 8%, o percentual de trabalhadores com idade entre 25 e 39 anos cresceu apenas 0,9%. De 2016 pra cá, houve um aumento de mais de 1,8 milhão de idosos no mercado de trabalho.
“Esses números refletem a realidade brasileira. O nordeste teve uma atenção maior nos governos Lula e Dilma, mas não foi suficiente para apagar as mazelas. Além disso, neste governo que entrou depois, o desemprego cresceu. As mulheres são sempre as últimas a conseguirem emprego, isso é histórico, e com um salário menor”, disse a senadora Regina Sousa (PT-PI).

Para o senador PauloPaim (PT-RS), “a grande verdade é que neste país a mulher é muito discriminada ainda. Temos que trabalhar mais para que seja dado à mulher o mesmo espaço e o mesmo salário que o homem tem no mercado”.

De Brasília, Portal CTB (com Agência Senado)

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