#DezembroVermelho: Conscientização e prevenção contra a Aids

Neste mês, todas as publicações da Contee nas redes sociais têm sido acompanhadas de um laço vermelho e da tag #DezembroVermelho. Mas o que isso significa?

Trata-se de uma referência à campanha de prevenção e tratamento precoce contra o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). O mês foi escolhido em razão do Dia Mundial contra a Aids, que foi celebrado internacionalmente no dia 1º de dezembro.

Para marcar esse período de conscientização, chegou este mês às plataformas de streaming (Netflix, NET Now, Vivo Play e Oi Play) o filme “Carta para além dos muros”, primeiro documentário a refazer a cronologia do vírus e da doença no Brasil. Nele, o diretor André Canto, por meio dos depoimentos do jovem Caio — nome fictício em homenagem ao escritor Caio Fernando Abreu, vítima da doença —, mostra o que mudou na abordagem desse problema desde 1982, quando o primeiro caso em solo brasileiro foi oficialmente diagnosticado.

Debater o assunto é importante, principalmente por estamos vivendo um aumento da infecção, que havia sido considerada estabilizada no Brasil poucos anos atrás. De acordo com balanço apresentado pelo Ministério da Saúde no fim de novembro, o número de contaminados tem subido no país: há um ano, eram 866 mil pessoas, mas, somente no ano passado, 43,9 mil novos casos foram notificados. Das 900 mil pessoas com HIV, 766 mil foram diagnosticadas, 594 mil fazem tratamento com antirretroviral e 554 mil não transmitem o HIV. Em compensação, 135 mil pessoas no Brasil convivem com o vírus HIV e não sabem.

Mesmo assim, num imenso retrocesso, esse mesmo Ministério, em maio, por um decreto presidencial, rebaixou o Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais — que era referência mundial no tratamento e atenção à Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis — e o subordinou a área ao Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, que deve analisar também doenças como tuberculose e hanseníase. A medida representou o desmonte de uma política de 20 anos que era exemplo internacional em saúde pública.

Diante desse quadro, ações de conscientização, como o Dezembro Vermelho, são, portanto, ainda mais necessárias. E, como entidade de educação, a Contee ressalta a importância da informação e do conhecimento na prevenção da doença e no combate à discriminação e preconceito sofridos pelos portadores do HIV/Aids.

Por Táscia Souza

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