Dia dos Símbolos Nacionais: Identidade, história e os valores de uma nação
O dia 18 de setembro é marcado como o Dia dos Símbolos Nacionais, uma data criada para reforçar o reconhecimento e a importância dos símbolos que representam a identidade, a história e os valores de uma nação. No Brasil, os quatro principais símbolos nacionais são a Bandeira Nacional, o Hino Nacional, as Armas Nacionais e o Selo Nacional. Eles não são meras representações visuais ou sonoras, são pilares que carregam o peso da história, da cultura e do espírito de um povo.
Os símbolos nacionais têm o poder de unir cidadãos em torno de um propósito comum, independentemente de suas diferenças políticas, ideológicas ou culturais. No caso do Brasil, a bandeira verde, amarela, azul e branca, com a inscrição “Ordem e Progresso”, é uma representação visual da luta pela independência, pela soberania e pela democracia. Ao longo da história, a bandeira acompanhou momentos decisivos do país, desde a Proclamação da República até os dias atuais, e sua importância transcende qualquer governo ou grupo político.
Nos últimos anos, porém, observamos um fenômeno preocupante: a tentativa de grupos extremistas e autoritários de se apropriarem dos símbolos nacionais, particularmente da bandeira. Há uma crescente associação da bandeira nacional com discursos de extrema direita e práticas fascistas. Esses grupos buscam, através da manipulação simbólica, legitimar suas ideologias antidemocráticas e criar uma falsa ideia de que são os únicos defensores do país.
No entanto, é fundamental entender que a bandeira e os demais símbolos nacionais não pertencem a nenhum partido, movimento ou ideologia específica. Eles pertencem a toda a população brasileira, desde o trabalhador rural ao estudante universitário, do indígena ao morador das grandes cidades. Qualquer tentativa de associar a bandeira nacional a uma ideologia de extrema direita é uma distorção perigosa que precisa ser combatida com educação, conscientização e unidade.
A bandeira do Brasil carrega em si uma mensagem de inclusão. As cores verde e amarelo representam a riqueza natural e mineral do país, enquanto o azul e o branco remetem ao céu e à paz. O lema “Ordem e Progresso”, inspirado no positivismo, deve ser visto como um ideal coletivo de avanço social, econômico e político, sem exclusões, divisões ou autoritarismos.
Reivindicar a bandeira é reafirmar que ela é um símbolo maior do que qualquer movimento ou ideologia. É reafirmar que ser patriota não é monopolizar símbolos, mas respeitar as diferenças, lutar pela justiça social e trabalhar por um país mais inclusivo e democrático.
Para que os símbolos nacionais possam ser verdadeiramente compreendidos em sua plenitude, é essencial que o sistema educacional reforce o significado histórico e cultural de cada um deles. Desde o ensino fundamental, os estudantes devem aprender que a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais são representações de nossa soberania, liberdade e diversidade. Eles devem ser respeitados, não temidos ou apropriados por discursos de ódio.
Portanto, neste 18 de setembro, é imprescindível que reflitamos sobre o verdadeiro significado dos símbolos nacionais e lutemos para que eles permaneçam como patrimônio de todos os brasileiros. Em tempos de polarização, é crucial lembrar que a bandeira do Brasil não pertence a uma parcela da população, ela pertence a uma nação que luta diariamente por igualdade, justiça e paz.
Por Vitoria Carvalho, estagiária sob supervisão de Romênia Mariani