Dia Internacional da Mulher – A luta do 8 de março deve ser uma luta de todos os outros dias

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O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, tem sua origem histórica nas manifestações femininas por melhores condições de trabalho e direito ao voto realizadas entre o fim do século XIX e o início do século XX na Europa e nos Estados Unidos. A data foi adotada pelas Nações Unidas em 1975, a fim de lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, mas também as discriminações e as violências à qual muitas ainda estão submetidas em plena segunda década do século XXI.

No Brasil, as mulheres podem votar desde 1932, já somam quase 50% da mão de obra no mercado de trabalho e, desde janeiro de 2011, o país é governado por uma mulher. Em contrapartida, apesar de, segundo pesquisa do Dieese e da Fundação Seade, ter havido um aumento do rendimento médio real por hora das mulheres no setor privado da ordem de 8,1% – enquanto o dos homens aumentou apenas 4% – a proporção do rendimento/hora feminino, em 2013, em relação ao masculino, ainda é de 82,8%. Apesar de poderem votar e serem votadas há mais de oito décadas, atualmente as mulheres ocupam somente 9% das cadeiras da Câmara dos Deputados e 13% das do Senado. E, cada uma hora e meia, uma mulher morre vítima de violência masculina no Brasil, conforme o Ipea. Números que não podem ser ignorados; realidade que é preciso transformar.

Neste dia 8 de março de 2014, símbolo da luta pela emancipação da mulher e contra a discriminação de gênero, a Contee – entidade que representa uma categoria formada, em sua imensa maioria, por mulheres, mais uma vez reafirma sua luta na mobilização das trabalhadoras e trabalhadores da educação em prol da equidade entre homens e mulheres e pelo aumento da representatividade das mulheres em todas as instâncias – no trabalho, na política, nos movimentos sindicais e sociais. Neste 8 de março, a Confederação também celebra um ano de Blogosfêmea, espaço que se consolidou como instrumento em defesa da igualdade de gênero. Para a Contee, a luta pela igualdade de gênero é uma luta, sim, deste 8 de março, mas também de todos os outros dias.

Da redação

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