Diretoria Plena da Contee se reúne para tratar da pauta educacional e trabalhista
Os destaques foram para a CONAE 2024 e as negociações coletivas neste ano.
Nesta segunda-feira (15/01), a Diretoria Plena da CONTEE reuniu-se para tratar da pauta educacional, com destaque para a Conferência Nacional da Educação – CONAE 2024 e, da pauta trabalhista, com ênfase no processo negocial das entidades sindicais com o patronal neste ano.
Pauta educacional
Um dos assuntos citados na reunião foi a CONAE 2024, pois setores da extrema-direita estão se organizando e pretendem tumultuar o evento. O Presidente Lula já confirmou sua presença no evento, e todas as medidas de segurança estão sendo tomadas para deter possíveis tentativas de inviabilização do evento. Esse tipo de ação tem como objetivo barrar o documento referência e infiltrar-se em movimentos democráticos para espalhar fake news e deslegitimar a Conferência.
Outro ponto que foi levantado é a dificuldade para ter agenda com o Ministro da Educação, Camilo Santana, e a facilidade de grandes empresas do setor privado terem agenda com o ministro. E o grande entrave que é a regulação da educação privada. A Contee entende a necessidade imediata de uma regulamentação do setor privado, mas repudia a criação de uma agência reguladora do ensino privado. Os diretores afirmam que já passou da hora dos trabalhadores da educação privada serem ouvidos e é necessário fazer um apelo ao ministro.
Pauta trabalhista
A precarização das relações de trabalho no setor privado de educação é um desafio que não pode ser subestimado. A proliferação de contratos temporários, baixos salários, falta de benefícios e ambientes de trabalho desfavoráveis são questões que a Contee sempre coloca em alta. Isso inclui o debate sobre a regulamentação do EAD, onde profissionais da educação são expostos a condições precárias e afetam diretamente sua qualidade de vida. O objetivo da Contee é continuar atuando incansavelmente para assegurar salários justos, condições de trabalho dignas e benefícios que promovam o bem-estar dos educadores.
Também foi colocado em pauta as demissões que ocorreram em dezembro do ano passado de seiscentos profissionais da educação das metodistas, envolvendo Sinpro ABC, Sinpro Campinas, Sinpro Juiz de Fora e Sinpro Minas Gerais. Durante o processo da recuperação judicial, ficou claro que as instituições metodistas não tinham condições de se recuperar. E chegaram a um acordo com todos os direitos das verbas rescisórias e garantiram que essas verbas rescisórias sejam pagas em até 24 meses.
Vitoria Carvalho, estagiária sob supervisão de Táscia Souza.