E vem lá do Rio de Janeiro – Feteerj: Melhora da educação passa por integração com projetos sociais

– A Educação não pode ser desvinculada de outros projetos sociais, como Luz para Todos, Brasil Conectado, Caminho da Escola, Minha Casa Minha Vida, disse a professora Malvina Tuttman em debate na diretoria do Sinpro-Rio, realizado na noite de ontem (13), no auditório da entidade.

A discussão faz parte de uma visão transformadora da nova direção do Sindicato, de realizar “reuniões abertas da diretoria uma vez por mês” com tema determinado, segundo explicou seu presidente, Oswaldo Teles. O objetivo é atrair a categoria e ampliar sua participação nos fóruns da entidade, visando um Sindicato mais aberto.

Professora há 46 anos, Malvina Tuttman é integrante do Conselho Nacional de Educação, do Conselho Estadual do Rio de Janeiro, foi reitora da Unirio e presidente do Inep.

Conquistas ameaçadas

Ela sentiu-se lisonjeada por participar do primeiro debate aberto promovido pela diretoria do Sinpro-Rio, cujo tema era “A Educação e a conjuntura nacional”, tendo ressaltado que a reunião é uma troca, uma formação de formadores, tanto palestrantes quanto participantes.

Segundo ela, “uma parada nesse momento pode colocar por terra algumas conquistas sociais importantes que temos conseguido”, disse referindo-se a possibilidade de haver uma reviravolta na eleição presidencial, com a vitória da oposição.

Para Malvina, “existem dois projetos distintos” em disputa, sendo o do atual governo aquele que significa um projeto social completo para o país, “um projeto para milhões, não para poucos”.

Citou sua experiência como reitora da Unirio: em 2004, o orçamento da universidade era de R$ 8 milhões, com poucos estudantes; em 2010, quando saiu de lá, o orçamento beirava R$ 80 milhões. Isso, explicou, faz parte de uma política de expansão e investimentos nas universidades públicas por parte do governo federal (Lula), que em oito anos criou 18 universidades públicas no interior do país.

Em contrapartida, exemplificou, na década de 90, durante os dois mandatos de FHC, houve grande expansão das universidades privadas, com retrocesso nas universidades públicas, pois se algum professor falecesse ou se aposentasse, por exemplo, a vaga não era reposta. Em suma, as universidades públicas não podiam se expandir.

Ela afirmou, ainda, que precisamos melhorar muito a Educação Básica, com destaque para o Ensino Médio, pois muitos estudantes estão fora da escola. Destacou, entretanto, que aqueles que conseguem concluir esse ciclo “tem jeito de chegar à universidade, o que antes não ocorria”, devido a politica de cotas sociais e raciais.

Lembrou, também, a reviravolta na Educação, que antigamente era obrigatória dos sete aos 14 anos e que agora é dos quatro aos 17 anos. – O aumento do número de creches vai ser um avanço fundamental, estão sendo discutidas diretrizes para o pleno desenvolvimento de todos, destacou.

Defendeu o voto na presidente Dilma, explicando que ela vem se comprometendo em seus discursos com a melhoria do ensino, a educação integral valorizando as diferentes culturas e a valorização dos professores, segundo o Plano Nacional de Educação.

Defendeu, por fim, uma nação com sustentabilidade e dignidade para todos, com ações que respeitem as diferenças, pois assim “teremos um país mais unido”.

Por Afonso Costa – Feteerj

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