Educadora de 83 anos defende mudança radical no ensino

Com quase 60 anos dedicados ao magistério, Léa Fagundes é requisitada em todo o território brasileiro para conferências e formações de docentes

Dos seus 83 anos de vida, Léa Fagundes já dedicou quase 60 ao magistério e mais de 20 ao estudo da informática na educação. Inovadora desde sempre, a coordenadora do Laboratório de Estudos Cognitivos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) defende um modelo de inclusão digital nas escolas em que o aluno seja protagonista do aprendizado. “É uma mudança total de paradigma. O estudante deve programar o computador, se apropriar da linguagem e se tornar investigador”, afirma a professora, requisitada em todo o território brasileiro para conferências e formações de docentes.

Assessora do Ministério da Educação (MEC), pedagoga e psicóloga, Léa aponta que o Brasil construiu uma história significativa no que diz respeito à inclusão digital nas escolas – história da qual ela é parte ativa -, mas critica a interrupção de programas educacionais por questões políticas e estruturais, como ocorre na transição de governos. A gaúcha indica também que a resistência de educadores à tecnologia e o medo da quebra de hierarquias em sala de aula é outro entrave enfrentado. “Na escola, as crianças são tratadas quase ditatorialmente”, argumenta.

Do Sinpro Campinas

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