Em dez anos, foram registrados 75 mil casos de violência contra a mulher

Em mais da metade dos 75 mil casos de violência contra mulheres praticada entre 2001 e 2011, as vítimas acreditavam que havia risco de morte. É o que revela a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2012, divulgada nesta quarta-feira (28) pelo IBGE.

Foi a primeira vez que a SIS tratou de temas como proteção social e direitos humanos, abordando questões como a violência contra a mulher, a representatividade feminina nas instâncias políticas e condições precárias de trabalho, entre outras, com dados de diversos órgãos do Governo Federal, além das pesquisas do IBGE.

Em 2011, a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), registrou 75 mil relatos de agressões a mulheres. Destes, cerca de 60% foram de violência física, 24% de violência psicológica e 11% de violência moral. Na maioria dos casos – 74,6%, o agressor era o companheiro(a) cônjuge ou namorado(a). Em 40,6%, a mulher se relacionava com o agressor há pelo menos dez anos; em 38,9% a violência ocorria desde o início da relação; e em 58,6% sua frequência era diária. Além disso, em dois terços das situações, os filhos presenciavam a violência.

Sub-representação política

Em 2010, o Brasil elegeu, em 2010, sua primeira presidenta e passou a integrar o grupo de 15 países nos quais uma mulher era chefe de Estado ou de Governo. Apesar disso, o feito pouco contribuiu para o aumento da participação feminina no legislativo. Em 2006, foram 45 deputadas federais (8,8%) eleitas entre 628 candidatas. Em 2010, o total de mulheres eleitas para Câmara permaneceu em 45, mesmo com o aumento de mais de 300 candidatas para o cargo. Já no Senado Federal as mulheres detêm 14,8% das cadeiras, igual à proporção de 2006.

Segundo a SIS 2012, o Brasil ocupa a 116ª posição na classificação mundial sobre a participação política das mulheres nos parlamentos, em um ranking de 143 países, de acordo com a União Interparlamentar. Ruanda, Andorra, Cuba, Suécia, Seychelles, Finlândia, África do Sul, Países Baixos e Nicarágua possuem as maiores proporções, em participações, que variam entre 56,3% e 40,2%. No Brasil, a parcela é inferior a 9%.

Todas os dados do estudo podem ser obtidos no site do IBGE

Com informações do IBGE

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