Em um ano, país tem 800 mil ocupados a mais e 500 mil desempregados a menos
Outro dado positivo da pesquisa é a queda do total de desalentados, que caiu para 3,378 milhões no trimestre encerrado em novembro. A redução foi de 16,9% em um ano – menos 687 mil
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados pelo IBGE na última semana de 2023, mostra que o mercado de trabalho melhorou ao longo do ano passado. Assim, o país fechou o trimestre encerrado em novembro com 100,508 milhões de ocupados, recorde da série histórica. São 815 mil a mais em relação a igual período do ano anterior (crescimento de 0,8%). Já o número de desempregados caiu 6,2%, para 8,202 milhões – 539 mil a menos. É a menor quantidade desde abril de 2015.
Estimado em R$ 3.034, o rendimento médio cresce 3,8% no ano. A massa de rendimentos também bateu recorde e chegou a R$ 300,2 bilhões.
A taxa de desemprego caiu para 7,5%. Foi a terceira redução seguida. É a menor para um trimestre encerrado em novembro desde 2014.
Com e sem carteira de trabalho assinada
Ainda segundo a pesquisa, o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (menos trabalhadores domésticos) chegou a 37,727 milhões, alta de 2,5% no ano – ou mais 935 mil. Foi o segundo maior contingente da série histórica. Fica atrás apenas do registrado em junho de 2014 (37,8 milhões). Mas, por outro lado, o número de empregados sem carteira (13,444 milhões) foi o maior da série. Ficou praticamente estável em relação a 2022 (1%).
Por sua vez, o número de trabalhadores por conta própria somou 25,556 milhões. São 12,162 milhões no setor público e 5,939 milhões de trabalhadores domésticos. Em todos os casos, o IBGE registrou estabilidade em relação ao ano anterior, assim como o total de empregadores (4,211 milhões).
Desalento diminui
Um dado positivo refere-se ao total de desalentados, que caiu para 3,378 milhões no trimestre encerrado em novembro. A queda foi de 16,9% em um ano – menos 687 mil. Eles correspondem a 3% da força de trabalho, menor percentual desde maio de 2016 (2,9%). Porém, a taxa de informalidade segue alta: 39,2% dos ocupados, ante 38,9% um ano antes. São 39,4 milhões de trabalhadores informais no país.
Entre os setores, também em um ano, a ocupação cresceu em áreas de serviços (transporte, alojamento, informação, alimentação, atividades financeiras) e caiu na agricultura. Ficou estável na indústria, na construção, no comércio e no trabalho doméstico.