Estadão ataca os sindicatos de professores
Por Carlos Pompe*
O jornal Estado de S. Paulo (Estadão) acusou, dia 3, os sindicatos de professores de atrapalharem a educação. Equipara a atividade dos professores aos conselhos de um médico sem escrúpulos. O médico faz “o paciente gastar dinheiro em procedimentos e exames desnecessários ou redundantes, apenas para aumentar o pagamento que ele irá receber do plano de saúde”!
É sintomático que compare um serviço público (educação) com outro (saúde), embora exemplifique com um médico desonesto. É que os serviços públicos não são mercadoria, mas direitos do cidadão, e os profissionais dessas áreas exigem a melhoria da qualidade no seu fornecimento.
Taxar de prejudicial a luta dos professores por melhor ensino, no momento em que o país congela por 20 anos os recursos para a Educação (e outras destinações essenciais) é um absurdo. É mais uma ofensiva do Estadão contra os direitos dos assalariados.
*Carlos Pompe é jornalista da Confederação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee)
Artigo publicado no jornal Toque de Classe, da CTB