Faculdade São Judas atrai interesse de dois grupos

A São Judas Tadeu, tradicional universidade paulista, está em negociações com dois grupos de ensino para a venda de sua operação que conta com cerca de 15 mil alunos, segundo o Valor apurou.

As negociações começaram no ano passado com cinco interessados. Entre eles, a americana Laureate, a carioca Estácio e a mineira Kroton. Porém, ainda de acordo com fontes do setor de educação, a Kroton desistiu da aquisição porque fechou a compra da Unopar, no fim do ano passado (ver reportagem abaixo).

Dona da Anhembi Morumbi, entre outras faculdades, a Laureate atende a um público semelhante ao da São Judas, cujas mensalidades variam de R$ 900 a R$ 1,2 mil. Na Estácio, por exemplo, as mensalidades estão na casa dos R$ 450.

Procuradas pela reportagem, a São Judas Tadeu nega que esteja à venda, a Estácio informou que não pode se pronunciar e a Laureate comunicou que não comentará o assunto.

O valor da transação não é conhecido, mas o mercado trabalha com algo em torno de R$ 6,9 mil por aluno, quantia paga pela Anhanguera ao comprar a Uniban em setembro. Neste valor também não estão incluídos os dois campi da São Judas, localizados nos bairros da Mooca e do Butantã, em São Paulo.

Um dos atrativos da São Judas Tadeu é o reconhecimento da marca e o seu conceito junto ao Ministério da Educação (MEC). Em 2010, a universidade que possui 30 cursos de graduação foi classificada no ranking do MEC com nota 3 – a pontuação máxima é 5.

A São Judas Tadeu foi fundada há 40 anos pelos professores Alberto Mesquita de Camargo e Alzira Altenfelder Silva Mesquita, sua esposa. Alzira é a chanceler da universidade (um cargo superior à reitoria). Os filhos estão no dia a dia da operação. O grupo conta também com um tradicional colégio (infantil até ensino médio) no bairro paulistano da Mooca, mas essa instituição de ensino não faz parte das negociações.

Segundo fontes do setor de ensino, a família ainda tem algumas divergências em relação à venda da universidade e por isso o negócio não teria sido concluído. Em outras oportunidades, a família chegou a conversar com possíveis compradores, mas declinou. Porém, agora a negociação de venda está mais estruturada.

De acordo com pessoas próximas à transação, a família fundadora da São Judas contratou o banco Itaú BBA, que está com um mandato de venda, e a Singular Partners para atuar como “adviser” no negócio.

Fonte: Valor Econômico

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