Fepesp: Quem é Weintraub? Ninguém na área o conhecia
O economista Abraham Bragança de Vasconcellos Weintraub (foto), que atuou no setor financeiro em vários bancos no Brasil, foi nomeado em novembro de 2018 para a equipe de transição para o governo Jair Bolsonaro, com a tarefa de requisitar informações dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal.
Weintraub atuou no mercado financeiro por mais de 20 anos. Ele foi sócio na Quest Investimentos, diretor do Banco Votorantim, membro do comitê de trading da BM&F Bovespa, conselheiro da Ancord e representou o Votorantim em encontros do Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele é formado em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo, em 1994, se tornou professor da Unifesp e foi mestre em finanças pela FGV. É o segundo ministro substituído neste governo, ainda nos seus cem primeiros dias.
Vélez colecionou polêmicas em três meses
Colombiano naturalizado brasileiro, Vélez vinha sofrendo críticas pela maneira como vinha conduzindo a pasta, em meio a disputas políticas internas, e por protagonizar medidas polêmicas junto à opinião pública, como o pedido de gravação de crianças cantando o hino nacional em escolas com o posterior envio dos filmes ao governo federal. Segundo o Planalto, o agora ex-ministro foi ao encontro de Bolsonaro no Palácio do Planalto por volta das 10h. Vindo da direção da garagem privativa, seu carro foi estacionado na frente da sede do MEC às 11h e já sem a placa oficial designada aos titulares de pastas na Esplanada dos Ministérios.
Desde a semana passada, Bolsonaro afirmava que conversaria com Vélez hoje sobre a possibilidade da troca no comando. “Está bastante claro que não está dando certo. Ele é bacana e honesto, mas está faltando gestão, que é coisa importantíssima”, disse na sexta-feira em conversa com jornalistas. Inicialmente, Vélez teria como agenda “despachos internos” ao longo do dia, mas não chegou a ir ao MEC às 9h, horário previsto para começar a trabalhar. A assessoria informou ao UOL que o ex-ministro estava em “agenda privada”. Posteriormente, o Planalto confirmou a reunião com Bolsonaro e, em seguida, o presidente postou o anúncio no Twitter.
Vélez é o segundo ministro a ser exonerado antes dos 100 primeiros dias do governo Bolsonaro, a serem completados na próxima quarta-feira (10). O primeiro foi Gustavo Bebbianno (PSL), ex-chefe da Secretaria-Geral da Presidência e um dos principais articuladores da campanha eleitoral do atual presidente. Bebianno foi exonerado em 19 de fevereiro após divergências políticas com Jair Bolsonaro e sofrer ataques nas redes sociais de um dos filhos do presidente, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC).