Feteerj: Em defesa da paz entre as nações – Parem a guerra em Gaza
A Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino no Estado do Rio de Janeiro (Feteerj) e os Sindicatos dos Professores filiados (Sinpros) aplaudem a fala do presidente Lula a jornalistas, na recente viagem que ele fez à África. Lula, na coletiva de imprensa, defendeu, antes de mais nada, a paz entre as nações, com o cessar fogo imediato na guerra em Gaza, para deter o massacre da população palestina, incluindo milhares de mulheres e crianças. Assim, ele defendeu que o governo de Israel detenha suas forças armadas e inicie, imediatamente, a negociação com os palestinos.
E Lula, diferentemente do que afirmam setores da imprensa, não está sozinho nesse apelo. O governo dos EUA, principal aliado de Israel, também pediu o cessar fogo esta semana, juntamente com a União Europeia.
Na entrevista, Lula denunciou o massacre do povo palestino, principalmente em relação às mulheres e crianças: “Na Faixa de Gaza, não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio! Porque não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra de um exército altamente preparado contra mulheres e crianças. (…) Quem vai devolver a vida das crianças que morreram sem saber por que estavam morrendo?” – disse Lula.
Lula também criticou a paralisia do Conselho de Segurança da ONU, que não vem conseguindo deter guerras ao longo desses anos, tendo citado, inclusive, a invasão da Ucrânia pela Rússia. Ou seja, não foi uma fala gratuita ou parcial a favor desse ou daquele país, mas a favor da pacificação e da humanização do mundo. Lembrando que o governo brasileiro desde o início condenou o terrorismo perpetrado pelo Hamas – e Lula, em sua fala à imprensa, na África, também lembrou dessa firme tomada de posição do Brasil.
O fato é que em 137 dias de guerra já morreram quase 30 mil palestinos, além de 8 mil corpos estarem desaparecidos sob escombros – um total de 38 mil pessoas mortas. Segundo a Federação Árabe Palestina no Brasil (Fepal), isso representa 1,68% da população de Gaza.
Para se ter uma ideia do grau de grandiosidade desse número de mortos, se transplantássemos esse percentual para a população brasileira, equivaleria a quase 3,4 milhões de brasileiros mortos!
Estima-se que, até agora, já morreram mais de 10 mil crianças palestinas!
A nosso ver, a reação contrária de setores da sociedade brasileira à fala de Lula deve ser vista como uma forma – mesmo que, em alguns casos, não consciente – de esconder o fato de que o que vem ocorrendo em Gaza é um verdadeiro massacre, um genocídio contra uma população desarmada.
Assim, em nosso entendimento – e nos parece, no próprio entendimento do presidente Lula -, o debate tem que ser feito partindo do princípio de que o massacre tem que ser detido, com o imediato cessar fogo e prestação de ajuda humanitária ao povo palestino.
Com isso, a Feteerj e os Sindicatos dos Professores filiados à Federação denunciam o massacre do povo palestino pelo governo de Israel; reivindicamos o imediato cessar fogo e que o governo brasileiro participe dos esforços de paz naquela região, com a consequente e fundamental criação de um Estado palestino.
Feteerj e Sinpros filiados