Fim da escola cívico-militar: o começo do fim do fascismo na educação pública brasileira
Coordenador-geral da Contee defendeu em live que essência da escola é a democracia
O coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, fez uma transmissão ao vivo na segunda-feira (17), no Instagram, sobre o encerramento do Pecim (Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares). A decisão de pôr fim a esse famigerado programa bolsonarista foi tomada em conjunto pelos ministérios da Educação e da Defesa e anunciada na semana passada pelo governo federal.
Trata-se de uma vitória em prol da educação crítica e democrática, bem como do próprio investimento em educação pública, gratuita e de qualidade socialmente referenciada. Isso porque o Pecim, que era uma das prioridades da gestão Bolsonaro, consumiu nada menos do que R$ 64 milhões no ano passado e atendeu o equivalente a 0,1% das escolas do país, ao passo que outros recursos eram retirados e desviados da educação.
“A primeira questão que me parece importante é que o ex-presidente Bolsonaro criou um conjunto de problemas para a sociedade brasileira. Um legado profundamente ruim ao Brasil”, disse Gilson. “Quando se avalia o governo Bolsonaro, não fica nada de pé. E na educação não foi diferente.”
O diretor da Contee considerou que “o governo miliciano-militarista impôs à sociedade brasileira um projeto de escola” sob apenas um critério: a falsa acusação de que a escola “era um campo de balbúrdia, de discórdia e de pessoas que não tinham compromisso com a educação”. Construíram a partir disso, no ambiente escolar, “uma relação militarizada”, numa estrutura antidemocrática que aniquila a relação de troca essencial para o processo de ensino-aprendizagem e de formação cidadã.
“A essência da escola é a democracia”, defendeu Gilson:
Assista à transmissão completa:
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Táscia Souza