Fórum de trabalhadores debate como avançar para descobrir a verdade sobre a repressão
O Fórum de Trabalhadoras e Trabalhadores por Verdade, Justiça e Reparação esteve reunido na segunda-feira (13), na sede da Nova Central, em São Paulo, para debater os encaminhamentos sobre a repressão que atingiu a classe trabalhadora durante a ditadura (1964-1985).
Participaram da reunião, representantes da CTB, NCST, CUT, Força Sindical, CSB e Intersindical. Sobre o caso envolvendo a Volkswagen, que comprovadamente colaborou com os ditadores, inclusive ajudando na prisão de trabalhadores em suas dependências e o Fórum decidiu cobrar uma resposta da empresa.
Também foi discutido o papel do Ministério do Trabalho (MTb), que não cumpre o compromisso para execução do trabalho de pesquisadores, impedindo a continuidade dos trabalhos nos acervos do próprio ministério e no Serviço Nacional de Informação (arquivo nacional), em Brasília.
Os sindicalistas reclamaram também da falta de suporte para a realização de audiências públicas, em Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, Recife, Goiânia e Porto Alegre, conforme portaria do próprio MTb.
Ficou registrado ainda que foi protocolada na Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, uma denúncia por violação dos direitos humanos, durante a ditadura, contra a Companhia Docas, que administrou o porto de Santos, no litoral paulista, de 1892 a a 1980.
Além das centrais sindicais, participou da reunião, a Associação dos Anistiados e Anistiandos do ABC paulista. Foi relatado que os direitos dos anistiados estão ameaçados. Os representantes pediram apoio para viagens ao país para mobilizar as pessoas contra os riscos que correm.
A próxima reunião do Fórum foi marcada para a quinta-feira (30), novamente na sede da NCST, na capital paulista (Rua Silveira Martins, 53 – 1º Andar – Sé – São Paulo).