Gilson desmascara projeto de Escola sem Partido em BH

O coordenador-geral da Contee e vereador (PCdoB) da capital mineira, Gilson Reis, denunciou que a proposta de Emenda à Lei Orgânica (Pelo) 3/17, em tramitação na Câmara Municipal, “limita a ação dos setores educacionais da cidade em diversos aspectos. Com o intuito de impedir a reflexão sobre a complexidade do mundo e da sociedade, a proposta visa proibir o debate do que chamam de ‘ideologia de gênero, o termo gênero ou orientação sexual’ em salas de aulas da capital. Os obscurantistas querem implantar o projeto Escola sem Partido em Belo Horizonte”.

Segundo ele, “a proposta também impede o debate e o enfrentamento à pedofilia, ao machismo, à homofobia e a qualquer tipo de discriminação sexual. A proposta vai além, e usa como pretexto uma suposta ‘ideologia de gênero’ para aplicar métodos retrógrados na educação e na formação do pensamento crítico dos alunos, fundamental no processo de aprendizagem”.

O texto de emenda substitutiva coíbe o ensino ou discussão em sala de aula de temas que não estejam inseridos no Plano Nacional de Educação (PNE). O PNE estabelece diretrizes, metas e estratégias de concretização no campo da educação. “Os fundamentalistas usam de mentiras para cegar a população”, acusa o coordenador-geral.

Gilson avalia que o Escola sem Partido é, “na verdade, escola preconceituosa, sem questionamentos, sem cultura e sem pluralidade de ideias. O retrocesso presente na proposta é uma ação direta para silenciar os professores e a comunidade escolar. Precisamos do apoio de todos para que essa situação seja, mais uma vez, barrada em nossa cidade. Não vamos parar de lutar pela Escola Democrática, que leva ao respeito e ao pensamento crítico. Escola Democrática, sim. Escola sem Partido, não”.

Carlos Pompe

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