Greve de professores contra os cortes nas universidades federais completa 75 dias
São Paulo – Ao completar 75 dias hoje (12), a greve dos professores das universidades federais e dos institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IF) conta com a adesão de mais seis universidades: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Federal do Paraná (UFPR), do Piauí (UFPI), de Juiz de Fora (UFJF), além do IF do Sudoeste de Minas Gerais e da Paraíba.
O movimento teve início em 28 de maio e conta com o apoio de estudantes e movimentos sociais.
Ao todo, estão em greve docentes de 46 dessas instituições federais. Na pauta de reivindicações, a revogação do corte orçamentário, melhores condições de trabalho, a defesa do caráter público da universidade, a garantia da autonomia universitária, reestruturação da carreira e valorização salarial de ativos e aposentados.
O presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Paulo Rizzo, acredita que as instituições que não pararem pela greve, vão para por inanição. “Por total falta de condições de funcionamento. Os reitores estão escolhendo quais contas pagar no mês e, em alguns lugares, já não conseguem mais manter as instituições funcionando”, disse.
Desde o início do movimento, o comando de greve aguarda uma reunião com o ministro da Educação, Renato Janine. “Apesar de ainda não ter recebido os professores, ele afirma, através da imprensa e de suas redes sociais, que está aberto ao diálogo”, diz Rizzo.
Ontem, o comando nacional de greve divulgou cinco vídeos em que professores das universidades federais explicam os principais pontos de reivindicação da pauta da categoria.