Greve dos professores se radicaliza no Paraguai

O conflito no setor educacional no Paraguai iniciado há três semanas se agravou com a negativa do governo de atender as reivindicações sindicais, com a ordem do Ministério da Educação para o retorno às aulas e com a adesão de mais sindicatos à greve.

A nova ministra da Educação, Marta Lafuente, e o titular da Fazenda, Germán Rojas, assistiram à reunião da Comissão de Orçamento da Câmara dos Deputados e qualificaram de inviável o atendimento das reivindicações da Federação dos Educadores do Paraguai (FEP).

Paralelamente, a ministra enviou um telegrama à FEP ordenando o imediato retorno às aulas e insinuou a aplicação de medidas administrativas contra os que não cumpram a determinação.

Isto provocou uma forte reação dos professores que, na véspera, se concentraram novamente em frente ao Parlamento em Assunção e realizaram marchas de protesto, além do bloqueio de ruas em diversas cidades do interior do país.

Carlos Parodi, secretário-geral da Federação, rechaçou a possibilidade de acatar a ordem ministerial e acrescentou que agora a luta será mais firme com a adesão esperada de outros sindicatos nas próximas horas, o que elevaria a 90 por cento as escolas sem aulas.

Sua afirmação coincidiu com a convocação da assembleia geral da Organização dos Trabalhadores da Educação e outros sindicatos que embora apoiando os protestos, ainda não aderiram à greve.

Os sindicatos calculam em 50 mil os professores em greve desde 29 de julho e advertiram o governo a não descontar os dias em greve dos salários nem iniciar demissões , pois se aguarda uma decisão da Corte Suprema sobre o recurso de amparo apresentado diante da qualificação da greve como ilegal.

Da Prensa Latina

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