Greves e paralisações não dão trégua ao governo e ao Congresso

Um dia depois de definirem a data de 30 de junho como indicativa para a próxima greve geral contra as reformas, as centrais sindicais movimentam sindicatos, federações e confederações para a construção do ato nacional, que também trará a bandeira das eleições Diretas Já. A data da greve ainda precisa ser referendada pelas bases trabalhadoras que a partir de ontem (6) começaram a organizar plenárias e assembleias pelo Brasil.

Em nota divulgada na segunda-feira (5), as centrais prometem não dar trégua ao governo federal e ao Congresso Nacional – que pressionam pela aprovação das reformas previdenciária e trabalhista. Como “esquenta” para o dia 30 está confirmado para 20 de junho um dia de mobilização nacional com atos e paralisações em todo o país.
“As centrais sindicais irão colocar força total na mobilização da greve em defesa dos direitos sociais e trabalhistas, contra as reformas trabalhista e previdenciária, contra a terceirização indiscriminada e pelo #ForaTemer”, diz trecho do documento assinado por Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Intersindical, CSP-Conlutas, Pública Central do Servidor, Central Geral dos Trabalhadores e Central dos Sindicatos Brasileiros.
Disposição de luta não tem faltado às centrais sindicais, que neste primeiro semestre comandaram paralisações marcantes para denunciar os prejuízos que trarão as reformas trabalhista e previdenciária ao povo brasileiro. De acordo com os dirigentes, a agenda de resistência não pode parar.
Segundo Adilson Araújo, presidente da CTB, a sociedade tem demonstrado que está contra o governo ilegítimo de Michel Temer. “O momento exige resistência e luta contra as reformas que põem fim a direitos consagrados da classe trabalhadora e de toda a sociedade brasileira”.

Pesquisa divulgada na segunda-feira (5) pela CUT/ Vox Populi apontou que 89% dos brasileiros apoiam a eleição direta, caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) casse nesta terça-feira (6) a chapa Dilma-Temer; 5% defendem a eleição pela via indireta.
Álvaro Egea, secretário-geral da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), afirmou que a nova greve geral dá continuidade aos protestos do dia 24 de maio, quando houve a Marcha dos Trabalhadores, violentamente reprimida pelo governo em Brasília, e também a greve geral realizada
no dia 28 de abril, que parou o país e mobilizou diversas categorias de trabalhadores.

“Os trabalhadores não abrem mão de derrotar as duas reformas, principalmente a trabalhista que está na iminência de ser aprovada no Senado”, enfatizou Álvaro.
Durante todo o dia desta terça, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa vota o relatório que orienta pela aprovação da reforma trabalhista. Os senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM), Paulo Paim (PT/RS) e Lídice da Mata (PSB-BA) apresentaram votos em separados em que pedem a rejeição do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 38, que trata da reforma trabalhista.

Confira a nota das centrais e o calendário de mobilização de junho

NOTA DAS CENTRAIS SINDICAIS – Unidade e luta em defesa dos direitos

As centrais sindicais, (CUT, UGT, Força Sindical, CTB, Nova Central, CGTB, CSP-Conlutas, Intersindical, CSB e A Pública), convocam todas as suas bases para o calendário de luta e indicam uma nova GREVE GERAL dia 30 de junho.

As centrais sindicais irão colocar força total na mobilização da greve em defesa dos direitos sociais e trabalhistas, contra as reformas trabalhista e previdenciária, contra a terceirização indiscriminada e pelo #ForaTemer.

Dentro do calendário de luta, as centrais também convocam para o dia 20 de junho – O Esquenta Greve Geral, um dia de mobilização nacional pela convocação da greve geral.

Ficou definido também a produção de jornal unificado para a ampla mobilização da sociedade. E ficou agendada nova reunião para organização da greve geral para o dia 07 de junho de 2017, às 10h na sede do DIEESE.

Agenda

– 06 a 23 de junho: Convocação de plenárias, assembleias e reuniões, em todo o Brasil, para a construção da GREVE GERAL.
– Dia 20 de junho: Esquenta greve geral com atos e panfletagens das centrais sindicais;
– 30 de junho: GREVE GERAL.

Assinam a nota:
CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
CSP Conlutas – Central Sindical e Popular
CTB – Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil
CUT – Central Única dos Trabalhares
Força Sindical
Intersindical – Central da Classe Trabalhadora
NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores
Pública – Central do Servidor
UGT – União Geral dos Trabalhadores

Do Portal Vermelho

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