Homenagem da Feteerj a Vito Giannotti

vitoA Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Estado do Rio de Janeiro (Feteerj) presta homenagem ao jornalista e escritor Vito Giannotti, falecido dia 25 de julho. Vito era o fundador do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), uma experiência pioneira que ao longo dos anos orientou o trabalho em comunicação nas entidades sindicais e centrais de trabalhadores. Escritor e pesquisador das lutas operárias e especialista na linguagem dos meios de comunicação, Giannotti deixou mais de duas dezenas de livros escritos por ele.

No NPC, Giannotti ensinou os profissionais da área não só a tornarem os jornais de classe mais atrativos aos anseios de seu público, como também a utilizarem a comunicação como ferramenta imprescindível para a disputa de hegemonia frente à mídia tradicional.

Vito Giannotti também estimulou várias gerações de comunicadores populares e sindicais a participarem da bandeira da luta pela democratização da comunicação, assunto que dominava como poucos e sobre o qual dedicou grande parte de sua produção intelectual.

Ele deixa grande legado sobre a comunicação popular e a luta operária, com a publicação de vários livros, dentre os quais “O que é Jornalismo Operário”, “Collor, a CUT e a pizza”; “Trabalhadores da aviação: de Getúlio a FHC”, “A CUT por dentro e por fora”, “A CUT ontem e hoje”, “Cem anos de luta operária”, “Comunicação Sindical: a arte de falar para milhões”, “Muralhas da Linguagem”, “Dicionário de Politiquês”, “Manual de Linguagem Sindical” e “Força Sindical, a central neoliberal”.

Na Feteerj, ele coordenou diversos seminários para as diretorias de nossos sindicatos, ensinando a melhor forma do dirigente sindical se comunicar. Sua esposa, Cláudia Santiago, inclusive trabalhou na Secretaria de Imprensa da Federação.

A comunicação sindical e os trabalhadores perderam um grande lutador – como bem escreveu o jornalista Breno Altman: “Vito sempre será exemplo, para as atuais e as futuras gerações. Um homem sem papas na língua, um bravo da luta de classes, um educador inigualável, um coração do tamanho de seu vozeirão”.

Da Feteerj

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