Inadimplência do Fies dobra desde 2014
O Ministério da Educação está com um aumento contínuo da inadimplência dos ex-estudantes após um período de crescimento de novos contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), de 2011 a 2014; de acordo com dados obtidos pelo G1 por meio da Lei de Acesso à Informação, a taxa de inadimplência dobrou de 18,9%, entre dezembro de 2014, para 41% em março de 2018
O Ministério da Educação está com um aumento contínuo da inadimplência dos ex-estudantes após um período de crescimento de novos contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), de 2011 a 2014. De acordo com dados obtidos pelo G1 por meio da Lei de Acesso à Informação, a taxa de inadimplência dobrou de 18,9%, entre dezembro de 2014, para 41% em março de 2018, período mais recente das informações repassadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
No mercado, um devedor é considerado inadimplente quando está há pelo menos 90 dias sem pagar o débito, o que, era o caso de 249.433 estudantes em março. A parcela de devedores representa 41% das 612.225 pessoas financiadas pelo Fies que passaram pela fase de financiamento e a fase de carência (período em que o valor foi inteiramente financiamento, mas o devedor ainda não precisa começar a pagar de volta), e entraram na fase de amortização.
Apesar do problema, o governo ainda não definiu as regras do Programa Especial de Regularização do Fies, que já estava incluído na MP do Novo Fies, aprovada no Senado em novembro do ano passado.
Ao G1, o FNDE afirmou que “ainda não há qualquer contrato vinculado a esse Programa” por causa da falta de regulamentação.