Jandira Feghali: “Reforma da Previdência não viabiliza o Brasil e inviabiliza a aposentadoria”
A deputada federal Jandira Feghali, falando pela Liderança da Minoria na Câmara Federal, recebeu a imprensa no Rio de Janeiro para falar da Reforma da Previdência. A parlamentar apresentou documento (que publicamos abaixo) sobre o resultado da votação na Câmara dos Deputados, destacando as vitórias dos partidos de oposição e os pontos danosos aos interesses dos trabalhadores que permaneceram no texto. Neste documento, foi apontado como uma vitória a redução em cinco anos da idade mínima para professores da ativa, podendo se aposentar com 52 anos, mulher, e 55 anos, homem.
Jandira Feghali ressaltou que a Reforma não viabiliza o Brasil, pelo contrário, inviabiliza a aposentadoria. “Precisamos aumentar a renda dos brasileiros e não onerar a sua aposentadoria. Nosso modelo de previdência é exemplar no mundo, pois taxa o capital. Ele é sustentável, o que não é sustentável é a economia”.
Para ela, o texto aprovado, mesmo com algumas vitórias pontuais para a classe trabalhadora, deixou claro o que a oposição já vinha alertando de que a Reforma da Previdência nada tem a ver com a defesa dos pobres, mas sim com o interesse dos bancos. A parlamentar lembrou que os bancos já se prepararam para apresentar “produtos” como planos de previdência privados, acenando para o trabalhador a possibilidade enganosa de recuperar as perdas na previdência pública.
A parlamentar constatou que a base governista, em sua maioria, nem sabia o que estava votando, obedecendo, tão somente os desejos do chamado mercado. Em relação à votação no Senado, a deputada entende que a pressão popular pode ter maior efeito, pois são três senadores por Estado, e que as manifestações nas ruas devem ser mais intensificadas, bem como a nossa comunicação, pois mesmo com todo o fake news embalado no volume de propaganda, que se confundiu com jornalismo nas grandes mídias, conseguimos que metade da população se mostrasse contrária à Reforma da Previdência.
Por Washington Luiz de Araújo, do Sinpro-Rio