Lançado em São Paulo movimento DireitosJá, de oposição a Bolsonaro
Partidos que vão da centro-direita à esquerda, do Novo e PL ao PCdoB, e lideranças de movimentos políticos e sociais, lançaram na noite desta segunda-feira (2), em São Paulo, um movimento em defesa da democracia contra as ameaças promovidas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, informa O Globo.
O movimento surge como um embrião da frente ampla de oposição ao governo de extrema-direita de Bolsonaro.
O ato não contou com a presença de dirigentes do PT e PSDB O movimento, batizado “DireitosJá – Fórum pela Democracia”, fará reuniões periódicas para denunciar retrocessos.
O ato de lançamento, realizado no teatro da PUC, teve a presença do candidato derrotado do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes. Também participaram o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) e a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (sem partido).
Fernando Haddad, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e o senador José Serra (PSDB), foram anunciados antes do ato, mas nenhum deles compareceu.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) enviou um vídeo em que dizia dar seu “inteiro apoio” ao movimento.
O fórum foi organizado pelo sociólogo Fernando Guimarães, coordenador do Movimento “PSDB esquerda para valer”, que é minoritário entre os tucanos.
Como representante do partido, subiu ao palco o secretário de Inovação da cidade de São Paulo, Daniel Annenberg.
Falaram durante o evento políticos do Novo, PL, PDT, Podemos, Rede, PTB, Cidadania, PV, PSB, Solidariedade e PCdoB.
Ciro Gomes (PDT) disse que o grupo deve discutir de forma urgente nas próximas reuniões quais os erros cometidos que permitiram a chegada de Bolsonaro ao poder.
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, manifestou seu apoio ao movimento por meio de um vídeo. O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) também gravou um vídeo.
Além dos políticos, participaram professores universitários, juristas e líderanças religiosas, como Dom Claudio Hummes, ex-arcebispo de São Paulo.
O linguista americano Noam Chomsky também fez uma fala.