Lançamento de edital: Os núcleos de estudos em agroecologia merecem apoio e reconhecimento
A sustentabilidade ambiental é imprescindível para que não pare de pulsar o coração da fauna e da flora, o coração da humanidade
Está previsto para esta terça-feira (16), o lançamento do edital que promete fomentar os Núcleos de Estudos em Agroecologia (NEAs). Finalmente o edital tão esperado pela comunidade acadêmica e pelos ambientalistas será publicado, dentro do 3º Plano Nacional de Agroecologia e Produção (Planapo).
Com equipes compostas por agrônomos, biólogos, antropólogos e outros profissionais, esses grupos atuam em instituições de ensino e pesquisa pelo país e integram a Associação Brasileira de Agroecologia (ABA). Eles representam não apenas um avanço científico, mas também um compromisso renovado com práticas agrícolas sustentáveis e com a preservação do meio ambiente.
Em entrevista ao Programa de Rádio Bem Viver, o professor José Nunes, presidente da ABA, conversou com o Brasil de Fato e declarou que o lançamento está sendo aguardado para apoiar iniciativas concretas que vão potencializar o conhecimento agroecológico.
Ele ressaltou sobre o trabalho substancial dos NEAs, no sentido de promover a alimentação saudável e reduzir os impactos das mudanças climáticas. “Os núcleos representam uma das principais células da construção do conhecimento que reverbera de várias formas na sociedade, tanto na formação quanto nos serviços diretos prestados às comunidades e às pessoas”, expressou com entusiasmo.
A agroecologia, campo de estudo que une práticas agrícolas tradicionais com conhecimentos científicos modernos, tem ganhado destaque nas últimas décadas devido aos seus benefícios ambientais e sociais, contrapondo-se aos métodos convencionais de agricultura intensiva, que muitas vezes resultam em degradação do solo e uso excessivo de agrotóxicos. A agroecologia busca promover sistemas agrícolas mais resilientes e sustentáveis.
Apesar da importância reconhecida, os Núcleos de Estudos em Agroecologia enfrentam desafios significativos, como a escassez de financiamento e de políticas públicas específicas que incentivem sua expansão. O lançamento do edital representa, portanto, uma oportunidade ímpar para fortalecer essas iniciativas, viabilizando recursos necessários para a pesquisa e à disseminação do conhecimento adquirido.
Na opinião de muitos especialistas, o investimento em agroecologia não é apenas uma opção, mas uma necessidade premente diante dos desastres ambientais assistidos, que vem provocando o aquecimento global, causando instabilidades climáticas e a insegurança alimentar.
Os Núcleos de Estudos em Agroecologia não apenas contribuem para a ciência e para a academia, mas também oferecem soluções concretas para agricultores que buscam alternativas sustentáveis, comprometidos com o presente e com as futuras gerações.
Mais do que um passo burocrático, o lançamento do referido edital é um pacto firmado com o equilíbrio do ecossistema, abrindo portas e janelas para o avanço da pesquisa científica de ponta, focada na construção de um mundo rural equilibrado, de um futuro agrícola cada vez mais verde. A expectativa é grande entre os pesquisadores e entusiastas da área.
O Brasil precisa de mais descobertas e projetos voltados à afirmação de uma sociedade agroecológica, que seja capaz de propagar as boas práticas ambientais e de instigar o crescimento socioeconômico em sintonia com a linguagem da natureza.
A sustentabilidade ambiental é imprescindível para que não pare de pulsar o coração da fauna e da flora, o coração da humanidade!
Por Romênia Mariani