Lançamento: site “Afrontosas” vai reunir conteúdos sobre o direito à igualdade de gênero e à educação

Site é parte das atividades do projeto “Na Trilha da Educação - Gênero e Políticas Públicas para Meninas”, iniciativa do Cendhec em parceria com o Fundo Malala

Nesta segunda, dia 26, às 18h30, o Centro Dom Helder Camara de Estudos e Ação Social (Cendhec) realiza a live “Afrontosas – Vozes negras pelo direito à igualdade de gênero e educação”. O evento virtual lança oficialmente o site Afrontosas.org.br, plataforma criada pela ONG para agregar produção de conteúdos próprios sobre Direitos de Crianças e Adolescentes, gênero e educação pública. Também irá partilhar produções de redes de ativistas, coletivos, organizações sociais e das adolescentes como forma de influenciar políticas públicas que enfrentem desigualdade e discriminação de gênero, raça e classe social em defesa do direito ao acesso e permanência em uma educação pública de qualidade para meninas.

Paula Ferreira, pedagoga do Cendhec e que integra o Comitê Pernambucano da Rede da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, participa da live.

O site é parte das atividades do projeto “Na Trilha da Educação. Gênero e Políticas Públicas para Meninas”, uma iniciativa do Cendhec em parceria com o Fundo Malala. A live contribui com as realizações que marcam o dia 25 de julho – Dia da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha.

A partir do encontro entre três mulheres negras (conheça-as, abaixo) que possuem trajetórias e saberes que se entrelaçam, o evento promoverá um debate nas perspectivas da interseccionalidade, da comunicação e da educação pública, com o intuito de fazer emergir reflexões acerca dos recortes de gênero, raça, classe e território. As ideias também irão debruçar-se sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Estatuto da Cidade do Recife (que completaram neste mês de julho 31 e 20 anos respectivamente) e sobre o Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, cuja data, 25 de julho, foi criada em 1992 durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas em Santo Domingo, na República Dominicana. No Brasil, o 25 de julho é conhecido como Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, através da Lei 12.987, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em 2014. Durante a live haverá participação de meninas da rede pública de ensino e ativistas da educação que irão trazer reflexões e questionamentos para contribuir com o  debate, além das  perguntas dos jornalistas e internautas através do chat no YouTube do Cendhec.

Participam do encontro on line:

Carla Akotirene (BA): mestra e doutoranda em Estudos sobre Mulheres, Gênero e Feminismos pela Universidade Federal da Bahia, pesquisadora e autora dos livros  “O que é interseccionalidade?”, pela Coleção Feminismos Plurais, coordenado por Djamila Ribeiro, e “Ó Paí Prezada! Racismo e sexismo tomando bonde nas penitenciárias femininas de Salvador”, ambos publicados pela Editora Jandaíra. Akotirene é assistente social concursada e ainda assina coluna mensal na revista Vogue Brasil.

Eduarda Nunes (PE): jornalista, colunista e articuladora social, atua na comunicação independente através dos veículos Favela em Pauta e Agência Retruco. Participou do projeto “Brasis: histórias da periferia na pandemia”, série de reportagem sobre ações de solidariedade na pandemia em todas as regiões do Brasil, parceria do Favela em Pauta com o Instituto Marielle Franco. Eduarda também  Integra o Movimento Negro em Pernambuco através do Coletivo Afronte e da Rede de Mulheres Negras.

Paula Ferreira (PE): pedagoga do Cendhec, é uma das 58 ativistas pela educação escolhida pelo Fundo Malala, instituição criada pela paquistanesa Malala Yousafzai, a mais jovem vencedora do prêmio Nobel da Paz, aos 16 anos. Paula também é articuladora política do projeto “Na Trilha da Educação. Gênero e Políticas Públicas para Meninas”.

Sobre o projeto “Na Trilha da Educação. Gênero e Políticas Públicas para Meninas”

É um projeto do Centro Dom Helder Camara de Estudos e Ação Social realizado com apoio do Fundo Malala. Compreende meninas como sujeitos políticos e de direitos e faz da escuta das suas vozes o principal elemento para influenciar políticas públicas que enfrentem a desigualdade de gênero no ambiente escolar nas redes públicas municipais de ensino. O projeto trabalha com três municípios: Igarassu, Recife e Camaragibe.

Sobre o mês dos Estatutos

A fim de solenizar o aniversário do Estatuto da criança e do Adolescente (ECA) e o Estatuto da Cidade do Recife, o Cendhec, por meio dos programas Direito à Cidade e Direitos da Criança e do Adolescente, realiza o “Mês dos Estatutos”: série de ações voltadas para o fortalecimento da cidadania.

Desde o dia 10 até o  dia 31 de julho estão sendo realizados lançamentos de livros produzidos pelos programas da instituição, lives, a estreia do site Afrontosas, oficinas e uma exposição fotográfica com a comunidade parceira Vila Independência, de Nova Descoberta, além de matérias que vêm sendo publicadas no site da instituição.

Sobre o Cendhec

O Centro Dom Helder Camara de Estudos e Ação Social – CENDHEC é um Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos. Atua a partir de dois programas: Direitos da Criança e do Adolescente – DCA e o Programa Direito à Cidade – DC. Em novembro deste ano a instituição completa 32 anos de existência.

Campanha

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