Mais de 1000 no ato de Itajaí

Itajaí se destacou na região no ato contra as reformas Trabalhista e da Previdência. Mais de 1000 pessoas se reuniram ontem na praça da Matriz, no centro, e depois saíram em caminhada pelo calçadão da rua Hercílio Luz até a esquina da avenida Sete de Setembro, onde fizeram a segunda concentração da manifestação.
O ato começou às 16h e terminou pouco antes das 18h. A professora Onice Sansonowicz, que dá aulas na rede estadual e municipal de ensino, tava entre os manifestantes. “Considerando que Itajaí não tem uma tradição de grandes manifestações, achei um ato grande, com participação de trabalhadores de muitas categorias”, avaliou. “E vi muitos jovens também, e isso é sinal de que estão preocupados”, comentou.

Os sindicalistas que organizaram o ato também avaliaram a manifestação como positiva.“A ideia, em todo o Brasil, foi mandar o recado para o Senado de que somos contras essas reformas e o recado está sendo dado”, diz Paulinho Ladwig, do sindicato dos Comerciários de Itajaí e Região, que é ligado à CUT.

Para Osvaldo Mafra, presidente da Força Sindical em Santa Catarina, a união do movimento sindical é que deu força para a manifestação. “Foi um movimento ordeiro e acredito que essa união vai fazer a diferença. Unidos poderemos tentar mudar esse cenário cruel, de um governo cruel que retira direitos dos trabalhadores, conquistados duramente, durante anos”, disse, pelo WhatsApp.

A sindicalista Adércia Hostin, presidenta do sindicato dos Professores da Rede Particular (Sinpro), acredita que a luta contra as reformas ainda será longa, mas que manifestações como a de Itajaí e de todo o Brasil, mostram que a resistência é possível. “Hoje (ontem) a aula foi na rua. Uma aula de cidadania”, comenta.

De acordo com Paulinho Ladwig é possível haver mais manifestações na cidade. “É preciso avaliar o movimento em nível de Brasil e esperar o que o comando nacional definir,” afirmou.

Balneário Camboriú e Barra Velha também berraram

Em Balneário Camboriú também rolou um ato contra as reformas Trabalhista e da Previdência. De acordo com Nilton Olm, do sindicato dos Comerciários de Balneário e Região, perto de 100 pessoas se concentraram na esquina da avenida Central com a avenida do Estado Dalmo Vieira.

Depois os manifestantes saíram em caminhada até a praça Almirante Tamandaré, no centro. A manifestação aconteceu no início da tarde.

Pela manhã, o sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Barra Velha organizou uma passeata pelo centro da cidade. A presidência da câmara de Vereadores decretou ponto facultativo.

Em Itajaí, cerca de 20 servidores do Fórum estadual paralisaram entre 16h e 17h. Servidores da Justiça Trabalhista e da Justiça Federal também aderiram à Greve Geral e não tramparam ontem.
Os bancários da região, que tinham decidido parar em assembleia, acabaram não aderindo à greve. Até mesmo os bancos públicos funcionaram normalmente ontem.

A polícia não registrou nenhuma ocorrência durante as manifestações na região.

Greve Geral parou capitais pelo país

Nas principais capitais do país bancários e trabalhadores do transporte público aderiram à Greve Geral. Desde as primeiras horas da manhã, ônibus deixaram de circular em São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba.

O metrô de São Paulo não rodou. Os aeroportos pelo país funcionaram com alguns problemas.
Houve conflitos em algumas capitais. Em especial no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Em Sampa, informa a secretaria de Segurança, 21 pessoas foram detidas na Capital e outras 15 pelo interior.

Houve confronto entre PM e manifestantes na frente da casa do presidente Michel Temer (PMDB), na zona oeste de São Paulo.

Em nota, Temer manifestou-se sobre os protestos dizendo que “houve a mais ampla garantia ao direito de expressão, mesmo nas menores aglomerações”.

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