Mandato de Glauber Braga é preservado após mobilização

O deputado do PSOL contou com forte mobilização de apoio antes da votação

Após forte mobilização e articulação de parlamentares, a Câmara dos Deputados votou por 318 a 141 pela preservação do mandato de Glauber Braga (PSOL-RJ), aplicando-lhe, contudo, a segunda punição mais severa prevista: a suspensão de seis meses do exercício do mandato.

Para a maioria dos deputados, Glauber Braga cometeu um ato considerado “extremo” ao reagir para defender a honra de sua mãe, alvo de ataques de um militante extremista do MBL. Ainda assim, prevaleceu o entendimento de que a cassação seria uma punição desproporcional. Chegou-se, então, ao consenso de que a suspensão por seis meses seria a medida adequada, consolidando o acordo entre a maior parte dos parlamentares.

Momentos antes da votação que determinou sua suspensão, Glauber Braga agradeceu publicamente às pessoas que se mobilizaram em defesa da manutenção de seu mandato.

“Agradeço profundamente a militância que dedica sua vida à luta. É essa força coletiva que me sustenta para seguir enfrentando privilégios, injustiças e autoritarismos, sem recuar um único passo”, declarou o deputado durante discurso no plenário da Câmara.

A deputada Talíria Petrone (RJ), líder do PSOL na Câmara dos Deputados, comemorou a decisão e afirmou que prevaleceu o bom senso, agradecendo aos parlamentares que optaram por uma penalidade mais branda.

“Prevaleceu o bom senso. Como líder da bancada do PSOL, quero agradecer aos deputados que entenderam a gravidade que seria uma pena desproporcional de cassação e acordaram uma penalidade mais branda para o companheiro Glauber Braga. Estamos felizes de manter o mandato combativo do nosso deputado Glauber Braga e conseguir impedir que ele se tornasse inelegível por oito anos”, declarou Talíria Petrone.

Sâmia e Glauber vão à polícia após ação ordenada por Hugo Motta

Os parlamentares Glauber Braga (PSOL-RJ), Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Célia Xakriabá(PSOL-MG) foram à 5ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal para registrar Boletim de Ocorrência e realizar exames de corpo de delito após as agressões sofridas dentro da Câmara dos Deputados.

A ação ocorreu sob ordem do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), quando a Polícia Legislativa utilizou violência extrema para retirar Glauber Braga do plenário. No momento da abordagem, Sâmia Bomfim, Célia Xakriabá, Rogério Correia (PT-MG) e Alencar Santana (PT-SP) tentaram proteger o deputado do PSOL e também acabaram agredidos.

Hugo Motta tem presidência questionada após agressões contra Glauber Braga e jornalistas
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), discursou logo após a violência cometida contra o parlamentar Glauber Braga (PSOL-RJ), que foi agredido pela Polícia Legislativa, e afirmou que Hugo Motta (Republicanos-PB) não tem mais condições de permanecer na presidência da Câmara.

“Vossa excelência [Hugo Motta] está perdendo as condições de continuar na presidência dessa Casa. O que aconteceu no dia de hoje é muito grave, porque vossa excelência foi tolerante quando a turma aqui invadiu, sequestraram a mesa por 48 horas. Vossa excelência não usou da força, não usou da Polícia Legislativa. São dois pesos e duas medidas”, disparou Lindbergh Farias.

Em seguida, Lindbergh Farias afirma que Hugo Motta é responsável pelo caos instalado na Câmara dos Deputados: “O que vossa excelência fez no dia de hoje é uma vergonha. Eu pergunto aos senhores: os golpistas que tomaram conta da mesa, foram cassados? Alguém foi suspenso? Alguém foi afastado um dia sequer? Eu digo: a responsabilidade por essa confusão que aconteceu aqui no dia de hoje é do senhor, é da presidência dessa Casa.”

Veja Glauber sendo agredido por ordem de Motta na Câmara

Por ordem do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a Polícia Legislativa usou de violência extrema contra o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), que protestava por ser alvo de um processo de cassação forjado.

O parlamentar havia ocupado a mesa da presidência da Câmara, mas foi removido do local. Ele, inclusive, foi enforcado com um mata-leão.

Antes da ação truculenta e desproporcional, Motta determinou de forma autoritária que a imprensa fosse retirada do plenário da Câmara, para que nenhum jornalista testemunhasse as agressões que seriam desferidas contra Glauber. Até o sinal da TV Câmara foi cortado por ordem do parlamentar paraibano que comanda aquela casa parlamentar.

A ação foi alvo de protestos de parlamentares do campo progressista: “Isso é o que está acontecendo agora em Brasília, retirando o deputado Glauber à força com a Polícia Legislativa a mando do presidente Hugo Motta”, afirmou o deputado federal Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ).

“Quando a direita ocupou aqui, não foi esse o tratamento. Estão nos impedindo de subir ali e manifestar solidariedade ao nosso companheiro. É uma arbitrariedade, é uma injustiça, é desproporcional. Hugo Motta está agora lá no gabinete dele e a Polícia Legislativa retirando violentamente o deputado Glauber”, prosseguiu.

“Além de estar atacando a Sâmia (Bomfim), a Célia (Xakriabá) e nós não estamos podendo subir. O Glauber está sofrendo uma cassação injusta, está reagindo e, na verdade, quando a direita ocupou esse plenário, não foi esse o tratamento. O sinal da Câmara está fechado, a transmissão está interrompida. É uma arbitrariedade, uma violência, uma injustiça. Nós estamos aqui firmes, até o fim”, concluiu o deputado.

Polícia de Hugo Motta agride jornalistas dentro da Câmara

Em meio à avalanche de truculência desencadeada no fim da tarde desta terça-feira (9) dentro da Câmara dos Deputados, determinada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), quando o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) foi agredido e levou um mata-leão por realizar um protesto contra o farsesco processo de cassação a que é submetido, uma imagem choca ainda mais.

Após dar uma ordem autoritária e inédita no Congresso Nacional desde o reestabelecimento da democracia, há 40 anos, estabelecendo que toda a imprensa fosse removida do plenário da Câmara para não registrar a violência que seria aplicada contra Glauber, jornalistas foram agredidas de maneira gratuita por agentes da Polícia Legislativa.

As imagens, registradas por um profissional do portal Metrópoles, mostram os policiais subordinados a Motta batendo nos repórteres, fotógrafos e cinegrafistas sem qualquer explicação, apenas porque eles tentavam acompanhar o que estava se passando no plenário. Até mulheres são alvos das pancadas.

Fonte
Revista Fórum

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